Ou Europa ou Flamengo. Só algo fora do comum fará com que Nico Laprovittola não siga um dos caminhos. Há duas temporadas no Brasil, onde conquistou dois nacionais, uma Liga das Américas, uma Copa Intercontinental e dois cariocas, o armador argentino segue com o sonho de se transferir para o Velho Continente, mais especificamente a Espanha. O MVP das finais do NBB 7 aguarda pacientemente por alguma proposta e seu empresário Bento, ex-jogador do Rubro-Negro, avalia as possibilidades.
– Meu futuro é incerto, não sei o que vai acontecer. Já falei pro meu empresário que quero jogar na Europa. Tenho que ver se tenho opção lá. A Europa ainda está jogando playoffs, então, preciso esperar. Não será uma decisão rápida e não estou com pressa – disse.
Caso nenhuma proposta venha, o camisa 7 diz que a intenção é permanecer na Gávea. Adaptado ao clube e ao Rio de Janeiro, Laprovittola não vislumbra vestir outra camisa no Brasil ou retornar à Argentina.
– Todo mundo sabe que sou muito feliz aqui. Quero ouvir a proposta do Flamengo e ver o que o Flamengo quer, que time vai fazer. Mas não me vejo fora daqui, não me vejo em outro lugar. Se não for para ir para a Europa, quero ficar no Flamengo.
Enquanto não decide seu futuro, Nico segue aproveitando suas férias até o dia 28 de junho, data que se apresenta à seleção da Argentina para a disputa dos Jogos Olímpicos de Toronto, no Canadá.
SITUAÇÃO DO ELENCO
Outros rumos seguem indefinidos. Os únicos garantidos até o momento são Olivinha, Meyinsse e Marcelinho, esse com contrato até dezembro. A questão dentro da Gávea é saber qual o tamanho do investimento que o basquete vai receber na próxima temporada. Dos patrocínios que a modalidade tem, dois são os que “seguram” os renomados atletas: Tim e Sky. Esse último é presidido por Luiz Eduardo Baptista “Bap”, ex-aliado da atual diretoria, hoje oposição. Caso essa cota não seja renovada, a geração “campeã de tudo” poderá sofrer baixas.
Assim como Laprovittola, Marquinhos tem o interesse em atuar na Europa, mas seus 31 anos pesam contra si. Outros times do Brasil querem seu basquete, mas o alto salário assusta. Há quem diga na Gávea que é mais fácil o Flamengo perdê-lo para um concorrente interno do que externo. A situação de Walter Herrmann é mais complicada. A diretoria quer segurá-lo, e ele também não quer sair, mas a alta do dólar e a distância da mulher e dos filhos, que vivem na Argentina, são fatores que atrapalham. Joia a ser lapidada, Cristiano Felício está nos EUA para a liga de verão da NBA pelo Chicago Bulls. Ele tem a esperança de ser contratado pela franquia de Illinois ou alguma outra.
Para dar gás novo ao grupo, a diretoria rubro-negra procurou saber a situação do ala Léo Meindl do Franca, mas descobriu que ele está se transferindo para Bauru. Aos 22 anos, Meindl é apontado por diversos treinadores como o nome mais pronto de sua geração para integrar o time de Rubén Magnano.
