O corpo da mãe do menino Bernardo Boldrini foi exumado na manhã desta terça-feira (11) no Cemitério Municipal de Santa Maria.
Às 7h, uma equipe da 2ª Delegacia da Polícia Civil de Santa Rosa, que comanda as investigações sobre a morte da enfermeira Odilaine Uglione, e de peritos do Instituto-geral de Perícias (IGP) chegaram ao cemitério, no bairro Patronato, onde a Guarda Municipal já tinha isolado a área.
Em cerca de meia hora, os restos mortais foram retirados do túmulo da família, colocado em um saco branco e levado pela perícia. A exumação foi solicitada ao IGP pelo delegado Marcelo Mendes Lech.
“A morte está associada a um disparo de arma de fogo. Investigamos a causa e solicitamos a diligência ao IGP que fará os exames”, afirmou Lech, evitando entrar em pormenores.
De acordo com o delegado, não há prazo definido para o IGP emitir o laudo pericial.
Odilaine morreu em 2010, no Hospital de Três Passos, após ser encontrada baleada dentro da clínica do então marido, o médico Leandro Boldrini. À época, a investigação da polícia concluiu que ela cometeu suicídio com um revólver, mas a família de Odilaine nunca se conformou com essa versão.
O caso voltou a ser lembrado após o assassinato de Bernardo, em abril de 2014, crime pelo qual o pai é um dos acusados. Em março, uma perícia particular, contratada pela família de Odilaine, atestou que uma suposta carta suicida, encontrada dentro da bolsa da enfermeira, não teria sido escrito por ela.
Em maio, a Justiça deteminou a reabertura da investigação sobre a morte de Odilaine, e o delegado Lech foi designado pela Chefia da Polícia Civil para conduzir o caso. Coletas de depoimentos e uma série de diligências foram providenciadas, incluindo um exame grafoscópio para avaliar se foi mesmo Odilaine ou outra pessoa que redigiu a carta. A perícia ainda não foi concluída.