Agora MT Esportes Artes Marciais Werdum responde provocações de Cigano: 'Está se queimando sozinho'
UFC

Werdum responde provocações de Cigano: ‘Está se queimando sozinho’

Da redação com Globo Esporte
VIA

Depois de Junior Cigano provocar Fabricio Werdum ao dizer que ele não pertence ao posto que ocupa e perguntar se ele é o matchmaker do evento por ter dito que o número 2 dos pesados no Ultimate precisaria fazer mais uma luta antes de disputar o título, foi a vez de o campeão da divisão até 120kg dar a sua resposta. Para o Vai Cavalo, não é o momento ideal para enfrentar o compatriota, especialmente pelo fato de a organização ter definido que ele enfrentará Cain Velásquez novamente, enquanto Cigano terá o holandês Alistair Overeem pela frente. O detentor do cinturão ainda rebateu uma postagem feita pelo catarinense, mostrando Werdum dizendo em uma entrevista que gostaria de enfrentá-lo e, em outro momento mais recente, afirmando que não achava ser a hora certa para que isso acontecesse. Para o gaúcho, o rival “está se queimando sozinho” com a postura adotada.

– A entrevista que dei antes, falando que queria lutar com ele, é na época que ele era o campeão. Eu falar que queria a revanche é normal. Perdi a luta. Nunca tinha visto o cara que ganhou querer a revanche. Isso que acho engraçado. Não estou entendendo este ponto. Dá para ver que é pelo cinturão que ele fala isso. O Cigano não precisa se promover porque já mostrou o que pode fazer para o mundo, mas está se queimando sozinho. Me lembro quando falei, na época que falei que lutaria com ele ou Brock Lesnar, e ele me nocauteou. Eu não estava em boa fase na minha carreira, tive que decidir várias coisas, mas tomei a decisão certa quando perdi para ele. Vim para os EUA, morei aqui, nenhuma derrota é boa, mas aquela derrota foi ótima para mim porque me fez decidir o que queria da minha vida. Não quero a revanche agora porque tenho a minha luta com o Cain. Se o UFC mudar de ideia e falar que vou fazer a revanche com o Cigano, então luto. Nunca neguei luta nenhuma, nunca escolhi, então, na hora que eles quiserem, a gente faz. Já está tudo certo. Ele contra o Overeem, eu e Cain, então não tem o muito o que falar agora. Seria interessante enfrentá-lo, estou em outra fase, ele também, seria um lutão, mas vou ficar quieto. Não sou o matchmaker, como ele disse, mas sou o campeão – afirmou, em entrevista ao Combate.com.

Werdum ainda declarou não entender o motivo de Cigano querer promover a luta antes da hora e garantiu que no futuro eles se enfrentarão.

– Nunca tinha visto o cara que ganhou a luta, neste caso o Cigano, que me ganhou em 2008, pedir pela revanche. Nunca vi isso na vida. Tenho certeza que, se eu não fosse o campeão, ele não iria queria lutar comigo de novo. Não seria bom negócio para ele. Ele diria: “Por que vou querer fazer revanche com cara que ganhei?”. Agora que sou o campeão é normal querer lutar comigo. Ele quer o cinturão de volta e o que digo para o Cigano é que ele tem que se concentrar na próxima luta dele, com o Overeem. Acredito na vitória dele, mas luta é luta. Tem que se concentrar nisso primeiro e depois lutar pelo cinturão. Não sou eu que decido com quem vou lutar. Ele chegou a falar que estou escolhendo luta, mas quem decide é o UFC, ele sabe disso. Não sei porque ele quer se promover antes do tempo. Até os fãs, pelo que vi nas mensagens, estão contra ele por essas declarações. Vi falarem: “Tem que ser devagar”. Ele voltou bem, estava com lesão, ganhou do Miocic, e muita gente até achou que o Miocic ganhou. Foi uma luta dura, o Miocic é duríssimo. Não sei, é complicado dizer agora porque já sei que vou fazer a revanche com o Cain Velásquez, mas com certeza ainda vamos nos encontrar.

Apesar de ainda não saber quando fará a revanche contra Velásquez, o campeão segue treinando em sua equipe, a Kings MMA, e disse não se preocupar com Cigano e, inclusive, que espera que ele tenha uma boa atuação contra Overeem, dia 19 de dezembro, no “UFC: Dos Anjos x Cerrone”, em Orlando (EUA).

– Estou aproveitando este momento muito especial da minha vida. O Cigano sabe como é, já passou por isso, sabe que é especial na vida do atleta, que é onde sempre quisemos chegar, no topo, ser o campeão e estou aproveitando agora. Acho que será ano que vem a luta com o Velásquez, ainda não tem data, não sei o local, mas estou aproveitando esse momento, treinando, não estou parado, estou mantendo meu treinamento com o mestre (Rafael Cordeiro), com o Cobrinha (treinador de jiu-jítsu), que voltou depois de ser campeão do ADCC, muitas coisas que acontecem na minha vida. Nem estou preocupado com o Cigano. Não queria falar nele de novo. Ele falou das minhas declarações, mas fez montagem do vídeo. Botou duas entrevistas minhas de quando ele era campeão e uma de quando ele não era, quando não era mais interessante para mim enfrentá-lo. Já não tinha mais o Cigano na cabeça. Tenho certeza de que vamos nos encontrar no futuro, mas não é o momento agora. Não tenho o que falar, que fazer polêmica. De repente ele quer que eu fale alguma coisa, mas não estou a fim de discutir. Só isso que tenho a dizer. Espero que ele faça uma boa luta com o Overeem para se credenciar para lutar pelo cinturão. Tenho certeza que, se ele ganhar, vai se credenciar. Mas isso depende dele, não de mim.

Gaúcho e torcedor fanático do Grêmio, Werdum torce para que a revanche contra Velásquez aconteça em Porto Alegre, no ano que vem, de preferência na Arena do Grêmio. Entretanto, ele admite que é difícil pela falta de cobertura no estádio, mas revelou estar trabalhando com o Ultimate para que o confronto seja realizado no Brasil, mesmo que em outro estado, e sonha até mesmo com o recorde de público, que pertence ao UFC 129, em 2011, com mais de 55 mil pessoas no Rogers Centre, no Canadá, quando Georges St. Pierre fez a luta principal contra Jake Shields, e José Aldo fez sua estreia na organização ao bater Mark Hominick.

– O que mais queria é que essa luta com o Cain fosse em Porto Alegre, na Arena do Grêmio, mas é difícil pelo fato de não ser coberto e, para cobrir aquilo ali, é muito caro. Pelo menos imagino isso. Seria legal se pudesse ser lá. Agora tem que encontrar um lugar, tomara que tenha essa revanche com o Cain Velásquez, estou fazendo de tudo para que seja no Brasil e, se for em um estádio de futebol, tenho certeza que vai lotar, independentemente de onde for, seja no Rio, em São Paulo… Claro que em Porto Alegre eu teria todo o apoio dos gremistas e até dos colorados também. A galera sabe separar as coisas, represento o Brasil e meu estado, o Rio Grande do Sul. É legal porque recebo muitas mensagens dos colorados falando que, apesar de eu ser gremista, torcem por mim, que represento bem o estado. Posso morar fora do Brasil, mas tenho orgulho de dizer que sou brasileiro. Até disse depois da luta com o Velásquez: “Represento o Brasil e tenho orgulho de ser gaúcho”. É a pura verdade. Vamos tentar levar essa luta para o Brasil. Claro que depende muito da galera comparecer, estar todo mundo presente. Se fosse em um estádio, por exemplo, ia lotar, bater o recorde, que hoje é do Canadá, com 55 mil pessoas. Muita gente está dizendo que o Cain não merecia a revanche, mas eu não digo nada. Os fãs dizem. Vou fazer mais algumas lutas e quero acabar no topo, lá em cima. Estou no auge da minha carreira, como campeão mesmo, e pretendo lutar mais dois ou três anos, dependendo de como for. Estou com 38 anos e na melhor fase da minha carreira – concluiu.

Relacionadas

Especiais

Últimas

Editoriais

Siga-nos

Mais Lidas