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Brasil vence, mas Dunga diz que time perdeu muitas chances

Da redação com Globo Esporte
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Foto: Reprodução
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Apoio da torcida, poucas vaias e três pontos garantidos. Aproveitando as falhas da Venezuela e a boa atuação de Willian, o Brasil venceu por 3 a 1 nesta terça-feira, no Castelão, e terminou a segunda rodada das eliminatórias na quinta posição. Após a partida, o técnico Dunga agradeceu a participação das quase 39 mil pessoas que foram ao estádio e deu nota 8,5 para a atuação da Seleção. Segundo ele, os muitos gols perdidos o fizeram diminuir a avaliação.

– Sou exigente. Se tivéssemos feito a metade das chances criadas, daria um 9. Como não fizemos, dou 8,5. O Brasil jogou compacto, não perdeu as jogadas aéreas. O que queremos é o toque de bola, o drible, o que o brasileiro gosta de ver, tentar a jogada de efeito. Quando o torcedor apoia mesmo depois do erro, o jogador se sente mais solto e confiante. Sabe que não será vaiado se errar – frisou o treinador.

Dunga voltou a bater na tecla de que o Brasil perdeu para o Chile porque não foi eficiente nos contra-ataques. O técnico lembrou ainda de uma atitude de seu auxiliar Andrey Lopes antes da partida e lembrou que o objetivo é manter o nível da atuação desta terça e tentar melhorar.

– Não é novidade que a eliminatória é difícil. Jogamos contra o Chile, tivemos seis contra-ataques para matar o jogo e não fomos convincentes. Hoje falamos antes do jogo que queríamos vencer, mas não de qualquer jeito. Queríamos vencer para nós mesmos, pela nossa capacidade técnica. O Andrey (Lopes, auxiliar técnico) foi muito feliz quando apontou para cada jogador antes da partida e lembrou onde eles jogam. São grandes jogadores, referências. Não pode ser diferente na Seleção. Tem que dar os parabéns ao torcedor pelo espírito. Ele aplaudiu a equipe quando necessário e ela voltou a mostrar qualidade. Foi um bom jogo. Valeu pela apresentação. Queremos manter e melhorar – avisou.

A Seleção embarca para São Paulo na madrugada desta quarta-feira. Com três pontos, a equipe de Dunga ocupa a quinta posição nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Os próximos compromissos pela competição serão apenas no início de novembro contra Argentina e Peru.

MUDANÇAS NA ESCALAÇÃO

Conversamos muito com os jogadores. Todos precisam estar preparados. Vamos vencer com o coletivo. Quem entrar precisa dar algo a mais. A Venezuela tem a bola aérea forte e o Alisson tem boa estatura. A Venezuela joga com duas linhas de quatro. A característica do Ricardo Oliveira é levar uma linha para criar espaços. Tentamos aproveitar isso para fazer com que a Venezuela não ficasse compacta. Assim, na virada de bola ficávamos no um contra um.

LUCAS LIMA

Está dando sequência ao bom trabalho em seu clube. Mostrando a mesma maturidade na Seleção. Alisson foi bem em seu primeiro jogo. São jogadores de personalidade. Entram com maturidade em qualquer local. O Fabinho entrou em alto nível nos Estados Unidos. Agora o Marquinhos. São jogadores que estamos tentando colocar dentro da Seleção. Tem a questão técnica, emocional, personalidade… Temos que pesar tudo isso e analisar.

ARGENTINA

Agora vou descansar. Acabamos de sair de um jogo importante. A partir de amanhã vamos pensar na Argentina. Se eu conseguisse pensar nisso agora seria um super-homem. Independentemente dos resultados deles nas primeiras rodadas (derrota para o Equador e empate contra o Paraguai), sempre será difícil. Brasil e Argentina é uma eliminatória à parte. Vai ser difícil como sempre foi. Lógico que eles serão pressionados, como o Brasil foi. É um jogo diferente. Quando ganham é normal, quando perdem cai o mundo. Temos que saber conviver com essa pressão.

ALISSON

Vamos analisando jogo a jogo, o adversário. Conversamos muito sobre mudanças de esquema, questões táticas. Quando se faz uma troca, todos ficam querendo saber o motivo. É uma análise dos treinamentos, do rival. A maior virtude da Venezuela é a bola longa. Como jogávamos em casa, precisávamos também de alguém que saísse melhor com os pés quando o adversário pressionasse.
ATACANTES

Eles vivem de gols. Quando mais gols, mais iniciativa, criatividade. O mais bonito foi a questão solidária. As jogadas trabalhadas nos treinamentos. O primeiro saiu da marcação alta. Luiz Gustavo roubou a bola e Willian estava pronto. Tivemos outras chances que poderíamos arriscar mais para fazer o gol. Alguns jogadores precisam disso. Depois do gol eles desbloqueiam e têm mais iniciativa.

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