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Jogadores brasileiros são acusados de agressão sexual no Canadá

Da redação com UOL Esportes
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Foto: Divulgação da polícia de Toronto
Foto: Divulgação da polícia de Toronto

A polícia de Toronto, no Canadá, anunciou que os jogadores brasileiros Lucas Piazon, ex-São Paulo, e Andrey, goleiro ex-Botafogo, estão sendo procurados por um suposto crime de agressão sexual. A informação foi divulgada no Twitter oficial das autoridades.

“No dia 25 de julho de 2015, uma mulher de 21 anos e uma amiga conheceram dois homens em uma casa noturna na cidade de Toronto. Os dois acompanharam as mulheres até a casa de uma delas. Esses dois homens foram identificados e mandados de busca foram emitidos para Lucas Domingues Piazon, de 21 anos, e Andrey Da Silva Ventura, de 22. Eles estão sendo procurados acusado de abuso sexual”, diz o comunicado, lido pela inspetora da polícia local Joanna Beaven-Desjardins.

As autoridades disseram, em uma coletiva de imprensa, que a dupla teria ido embora da casa antes que as mulheres tivessem acordado. Uma delas acusa os dois jogadores de a terem agredido sexualmente.

Apesar de os dois estarem envolvidos no mesmo caso, foi emitido dois mandados distintos. Sobre Andrey, será iniciado o processo de extradição para tentar levar o goleiro para o Canadá. Além disso, a polícia de Toronto afirmou que será alertada caso ele tente viajar para outro país.

No caso de Piazon, no entanto, o mandado serve apenas para caso ele entre na cidade de Ontario. Portanto, ele não pode ser extraditado da Inglaterra para o Canadá.

Questionada sobre o motivo de dois mandados distintos para o mesmo caso, a inspetora Joanna Beaven-Desjardins afirmou que foi uma decisão da Justiça e não era possível fornecer mais detalhes.

“A posição que nós temos agora é que ele nega as acusações. Não tem nenhuma verdade nisso e ele não foi notificado formalmente ainda”, explicou o assessor do Lucas Piazon, Fabiano Souza, que confirmou que, de início, o jogador permanece na Inglaterra.

Em contato com o UOL Esporte, Antonio Carlos Piazon, pai de Lucas Piazon, se disse “estarrecido” com a acusação.

“Não sabemos o que fazer. Isso não existe. Depois de quatro meses. O COB tem de tomar providência, não pode acusar um atleta e sujar a imagem de um garoto que tem imagem limpinha, que tem fama de bom-moço e que nunca deu trabalho com nada e agora sendo acusado de estupro. Isso é maior mentira e engano que pode estar acontecendo”.

A diretoria do Botafogo-SP, clube que Andrey defende, afirmou que não irá autorizar o jogador a se pronunciar paranão atrapalhar nenhuma investigação.

O dia citado pelas autoridades é o mesmo da partida entre Brasil e Panamá, valendo o terceiro lugar do futebol masculino. A seleção brasileira venceu por 3 a 1, com um dos gols sendo de Lucas Piazon, que entrou no segundo tempo. Andrey começou a partida como titular.

Esse não é o primeiro caso de abuso sexual envolvendo um brasileiro nos Jogos Pan-Americanos de Toronto. Antes disso, o goleiro de polo aquático Thyê Mattos também foi acusado do mesmo crime.

O caso de Thyê Mattos teria acontecido na manhã do dia 16 de julho. No dia da final do polo aquático, em que o Brasil perdeu para os EUA, os jogadores foram liberados para deixar a Vila Pan-Americana. Segundo a polícia de Toronto, Thyê e mais um membro da delegação brasileira de polo aquático foram à casa de uma mulher de 22 anos, moradora de Toronto, ao lado de outra pessoa. Com os três visitantes no apartamento, a vítima se recolheu em seu quarto. O goleiro brasileiro, então, entrou no cômodo e teria cometido a agressão sexual.

Definição de agressão sexual no Canadá

É preciso saber que a agressão sexual pela lei canadense inclui uma gama variada de atos. Um beijo forçado em uma mulher, por exemplo, tem previsão de punição pela norma, assim como o estupro efetivo com penetração. É o tribunal quem determina a pena de acordo com a gravidade do contato.

A legislação canadense tem nuances sobre o que é aceitar o sexo. Pela lei, mesmo que não exista resistência, se a vítima se sentiu ameaçada ou houve uma autoridade envolvida, não houve consentimento. Mas, se a pessoa atacada consumiu álcool ou drogas (o que não foi confirmado para o caso), mesmo tendo permitido o ato, pode ser caracterizado que não houve concordância dependendo da interpretação do tribunal.

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