Cerca de 120 voluntários participam da Campanha de Cadastro de Doação de Medula Óssea realizada nesta quarta-feira (07) e amanhã (08), no Centro de Especialidades e Apoio Diagnóstico Albert Sabin (Ceadas), em Rondonópolis. Todo o procedimento de cadastro do doador e a coleta de 5 ml de sangue para amostra dura em média 10 minutos.
Pela manhã, pelo menos 500 fichas já haviam sido contabilizadas. A expectativa, segundo a secretária municipal de Saúde, Marildes Ferreira, é que este número ultrapasse a 10 mil. Ela explica que a ideia da iniciativa partiu de um grupo em redes sociais, que compartilhou várias mensagens sobre a doação de medula óssea.
“Eles entraram em contato comigo para saber se tinha como realizar, eu então, entrei em contato com o Hemocentro de Cuiabá. Eles disseram que não tinham condições de realizar a campanha, mas que participaria no dia do cadastro e coleta, ” explicou Marildes.
A secretária explica que foi preciso a participação de vários parceiros para realizar a ação solidária. ‘Requer muitos materiais, profissionais, estamos contando com vários voluntários hoje. Não houve nenhuma contribuição do governo do Estado para a campanha. Nós compramos materiais, outros parceiros ajudaram, ” ressaltou a secretária.
Nos dois dias, o atendimento inicia às 7h e segue até às 21h, sem intervalo. “As pessoas estão achando que já é para doar hoje, não é isso, o nosso procedimento aqui é realizar o cadastro do doador e a coleta que serão encaminhados ao Hemocentro. Eles ficam encarregados de enviar ao banco nacional, ” explicou Marildes.
A advogada Adriana Rodrigues, 46 anos, que é uma das voluntárias da campanha, explica que realizou o cadastro de doadora de medula óssea há dois anos. “Eu me cadastrei no Hospital do Câncer em Barretos, estava acompanhando meu marido no tratamento, lá conhecemos uma família que tinha uma criança de oito anos, que tinha conseguido a doação. Mas a família explicou a dificuldade de conseguir um doador compatível, ” contou a advogada.
Há 20 dias, ela foi informada pelo Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) do Rio de Janeiro, que era doadora compatível. “É uma surpresa, a gente se cadastra, mas as chances de ser compatível são mínimas. Me ligaram e me perguntaram se eu ainda tinha interesse de doar. Há oito dias realizei todos os exames necessários para ver como está minha saúde e saber se posso doar, ” explicou a doadora.
Requisitos
Os interessados devem preencher um cadastro e em seguida, é coletada uma amostra de sangue. Estes testes determinam se as características genéticas do doador são compatíveis com o paciente. Para ser um doador, é preciso ter entre 18 a 55 anos e estar em bom estado de saúde.