A greve dos caminhoneiros que deve começar na segunda-feira (9) em alguns estados do Brasil, não deve chegar nas rodovias de Rondonópolis e região. As informações foram repassadas pelo Diretor Executivo da Associação dos Transportadores de Cargas do Mato Grosso (ATC), Miguel Mendes.
Um grupo de caminhoneiros na internet promete parar as rodovias de todo o país e bate de frente com Sindicatos da categoria, que não apoiam o movimento. A greve está marcada para começar a partir das 6h, e está sendo conduzida pelo Comando Nacional do Transporte (CNT). A organização não tem personalidade jurídica e se apresenta como representante dos motoristas do setor nas redes sociais.
De acordo com o diretor Miguel, desta vez o foco da manifestação está tomando rumos e interesses diferentes. “A ação está sendo liderada pelo Schmidt, ele é um simpatizante de um movimento militar, nem representa nosso setor. Uma das pautas de reivindicação é em repúdio ao governo, com outros interesses. Tem muitos proprietários de empresas, autônomos que buscam interesses pessoais. Não somos contra essa posição, já que é um direito constitucional de todos, mas por sair do foco, decidimos não apoiar. O carreteiro não é desse movimento. O motorista de caminhão é voltado para o trabalho, é preocupado com serviço” explica Miguel.
Ainda conforme o diretor, esse tipo de paralisação só vai trazer mais prejuízos no momento para a população. “Já basta a paralisação que aconteceu no início do ano. Também estão sendo divulgados muitos boatos nas redes sociais, falando de alguns bloqueios em algumas rodovias. Até o momento não temos nada oficial” esclarece.
A greve foi convocada pelo CNT, que se declara independente de Sindicatos. No comunicado distribuído, os trabalhadores informaram que a manifestação conta com o apoio de grupos que pedem a saída de Dilma da Presidência, como o Movimento Brasil Livre, o Vem Pra Rua, os Revoltados On Line e o Movimento Brasil Livre (MBL).
Os trabalhadores também pedem redução no preço do diesel, anulação de multas referentes à paralisação anterior, ocorrida em fevereiro e crédito com juros subsidiados.