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Dorival fala sobre discussão polêmica com Neymar

Da redação com UOL Esporte
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Foto: Lance net
Foto: Lance net

O técnico Dorival Júnior vive uma grande fase em sua carreira, que faz lembrar o seu ótimo desempenho no comando do Santos em 2010, quando teve o projeto interrompido por causa de um embate com o atacante Neymar.

Cinco anos depois, em entrevista, Dorival Júnior abre o jogo sobre a crise com o principal astro do futebol brasileiro. O técnico revelou que o problema de Neymar não era com ele e, sim, com os lideres do elenco – Edu Dracena e Roberto Brum. O treinador admitiu que o vestiário do jogo contra o Atlético-GO, após ser xingado por Neymar em campo, foi o pior de sua carreira. Dorival ainda afirmou que todos os jogadores, na época, queriam a punição de Neymar.

Além da polêmica com Neymar, Dorival Júnior comentou sobre como tem sido comandar o time atual que faz sucesso no Brasileiro e na Copa do Brasil, falou sobre a crise do futebol brasileiro e comentou a possível volta de Ganso e Robinho. O treinador opinou também sobre outros assuntos, como os valores sociais dos jovens. Para ele, a família e a educação no país estão falidas e isso reflete no futebol brasileiro. Ele criticou a superexposição das pessoas pelas redes sociais e mídia.

Confira na integra a entrevista com Dorival Júnior:

O assunto Neymar te incomoda em sua carreira?
Dorival: De maneira nenhuma.

Como você analisou a forma que a mídia tratou o caso naquela época?
Dorival: De um modo geral, procurei ficar um pouco afastado das notícias, sou muito sincero, procurei não ver muita coisa. Vi tudo o que se passou no dia seguinte do episódio. Quando eu chamei a diretoria do Santos, na figura do Pedro Luiz (diretor de futebol à época), para uma conversa na sexta-feira pela manhã, disse que pensei, analisei, e que precisava tomar uma decisão com o Neymar. O problema todo não foi comigo, se vocês perceberem a situação, ele teve uma discussão muito feia com o Roberto Brum e, em seguida, com o Edu Dracena. Depois, teve o episódio do pênalti, que foi uma situação totalmente a parte. Porque eu havia colocado ao Neymar, que tinha perdido quatro pênaltis em sequência, que continuaria treinando, mas sairia de cena, deixando outro companheiro bater. Não tinha necessidade de uma exposição em um momento desses. E por ele estar alterado com a própria briga naquele instante, se sentiu no direito de pegar a bola e bater. Então, o meu problema com o Ney praticamente começou ali, não foi o real motivo daquela situação. As pessoas não perceberam, depois falaram que teve uma reação séria, mas não foi nada disso, muita coisa se fala, mas tem pouca verdade em tudo isso. Agora, houve uma exposição desnecessária, por outro lado foi muito importante para ele, um episódio que fez com que tivesse um crescimento profissional e pessoal. A todos nós, naturalmente, que foi um fato novo e proporcionou, de alguma forma, um crescimento, mas para ele foi muito importante o acontecido, tenho certeza que o auxiliou na sequência. Sou muito sincero, comigo não ficou nada, muito pelo contrário, tenho um carinho especial por ele, uma torcida muito grande, acredito muito que ele vai ter um reconhecimento ainda muito maior do que já tem nesse momento. É um garoto do bem, de paz e tenho um respeito muito grande por ele.

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