Olá amigos, estou aqui, mais uma vez, para nosso bate-papo semanal. Neste segundo texto, dou sequência ao tema que abordei anteriormente: a corrupção. Quem ainda não leu o primeiro texto do blog, confira aqui.
Que a classe política brasileira, em um panorama geral, está desgastada e malvista por todos, isso não é novidade para ninguém.
Mas, e nós brasileiros, eleitores, cidadãos, estamos andando na linha?
Longe de querer comparar, o cidadão comum com um político, mas a verdade é que, quando podemos, cometemos pequenos delitos, e daí é que surge a grande questão: caso estivéssemos no lugar de um grande político, será que cometeríamos aqueles atos de corrupção milionários?
Sinceramente não sei.
Só sei que, quem faz “gato” no consumo da energia (Artigo 155, § 3º do Código Penal), sonega Imposta de Renda (Artigo 1 da Lei 8.137/1990), dirige embriagado (Artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro), entre outros crimes, tem uma forte tendência a praticar ilícitos maiores.
Por isso o título do texto, já que, a ocasião é que faz o ladrão. Quem desvia energia, certamente, se tiver oportunidade, desviará recursos púbicos. Quem não declara o Imposto de Renda, se puder, tende a superfaturar uma obra, e por aí vai.
Estamos então em um mato sem cachorro?
Lógico que não. Trago essa pequena reflexão, só para mostrar que, se de um lado, temos políticos ladrões, do outro, temos cidadãos que também se corrompem.
Temos evoluído, e certamente vamos avançar muito mais, mas para isso, temos que começar nos pequenos atos.
Sem adentrar nas questões históricas e que poderiam justificar a predisposição do brasileiro para o malfeito, o fato é que, estamos acostumados ao “jeitinho brasileiro”.
Contudo, como disse, vejo um progresso gigantesco nos nossos costumes, posto que, até mesmos estes pequenos delitos atualmente tem nos causado ojeriza de modo que não temos aceitado com naturalidade nada que vá contra a lei.
Isto tudo é muito importante, pois a partir do momento em que nos conscientizarmos que para existir o corrupto, necessariamente tem de existir o corruptor, vamos conseguir dar uma guinada evolutiva e fazer um verdadeiro limpa na classe política.
Se pararmos de nos vender por alguns litros de gasolina no período eleitoral (o que também é crime – Artigo 299 do Código Eleitoral), certamente vamos conseguir enxergar quem são os mais aptos a receberem o voto popular.
Arremato esta linha de pensamentos, deixando o tema para a meditação de todos nós, durante esta semana, pois somente quando passarmos a agir dentro da legalidade é que passaremos a enxergar com clareza quem são os verdadeiros merecedores de nossa confiança para nos representar.