Enquanto o varejo tradicional acompanha a retração da economia brasileira, com quedas sucessivas desde o início do ano, a venda baseada no contato pessoal entre vendedores e compradores cresceu 1,5% nos três primeiros trimestres deste ano. As informação são conforme dados da Associação Brasileira de Empresas de Vendas Diretas (ABEVD).
As estimativas são que essa tendência de alta pode se manter até 2019, quando o volume de negócios deve somar 42,8 bilhões de reais.
A explicação para essa boa fase de vendas diretas mesmo em tempos complicados para o varejo tradicional se resume no fenômeno que leva os consumidores a gastarem mais com cuidados pessoais durante os períodos de contração da economia.
Conforme a ABEVD, quando o dinheiro está curto, o consumidor deixa de lado a compra de itens de alto valor e também a ida ao cinema ou ao restaurante, e passam a se tratar mais consumindo maior quantidade de produtos de cuidados pessoais, como cosméticos entre outros.
Outro fator que vem intensificando o crescimento das vendas de produtos ligados à saúde e bem-estar é a preocupação crescente dos brasileiros com o peso e a nutrição equilibrada. Entre 2009 e 2014, as vendas de produtos relacionados ao controle de peso cresceram 70% no país, gerando um movimento de quase 1,2 bilhão de reais.
O relatório mostra também que a preocupação com o peso no Brasil deixou de ser uma exclusividade das mulheres, como já ocorre nos Estados Unidos, onde 71% das mulheres e 65% dos homens consomem suplementos alimentares de dieta, segundo estudo encomendado pelo Council for Responsible Nutrition (CRN).
E é nesse desafio para perder peso e alcançar o bem-estar que entra o revendedor direto conquistando um papel importante para o setor da opção pelas vendas diretas.