Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada para você nosso leitor, nossa leitora, semanalmente levarei assuntos do nosso dia a dia, com o olhar do advogado, mas sem a linguagem deles, como diria minha mãe em língua de gente, fácil de entender, e o assunto dessa semana é: guarda compartilhada.
A 3ª turma do STJ (Superior Tribunal de Justiça) negou pedido de um pai que buscava o compartilhamento da guarda da filha de quatro anos de idade. O recurso especial foi rejeitado por total falta de consenso entre os pais.
Essa decisão é um retrocesso e pode ser o começo do fim da guarda compartilhada, mas vou ensinar os senhores, principalmente você papai, a sobreviver a esse inferno.
A no código civil a lei é clara:
Art. 1.584. A guarda, unilateral ou compartilhada, poderá ser:
- 2o Quando não houver acordo entre a mãe e o pai quanto à guarda do filho, encontrando-se ambos os genitores aptos a exercer o poder familiar, será aplicada a guarda compartilhada, salvo se um dos genitores declarar ao magistrado que não deseja a guarda do menor.
Ou seja a lei diz claramente que a guarda deve ser compartilhada havendo ou não consenso entre os pais.
Neste caso é muito comum os juízes pensarem que os pais não demonstram possibilidade de diálogo, cooperação e responsabilidade conjunta, pronto agora a guarda é da mãe, você papai paga as despesas e de pai torna-se um cara que vai lá visitar ela nos finais de semana, se a mãe deixar é claro.
Com a volta desse entendimento você só tem uma chance papai, você tem que contratar um bom advogado, ele não será barato, ele lhe tomará uma boa parte do seu dinheiro, mas é a única chance que você tem de ver seu filho não chamar outra pessoa de pai, e não ser transformado em um pai caixa eletrônico, que só paga as contas, e não pode gozar de nada na vida do seu filho.
Um bom advogado será capaz de trazer para o processo que é a outra parte, (infelizmente normalmente é a mulher), que não quer o mínimo diálogo, pois ela sabe e acredita que antes de mais nada o filho é dela, só dela, com no máximo a participação do pai caixa eletrônico em uma olhadinha rápida e sobre as ordens dela no final de semana ou férias.
Sejam fortes papais, o senhores estão para entrar em uma batalha onde o futuro é não ver seus filhos lhe tratando pelo nome, ou o pior de tudo chamando um outro homem de pai.