A família da estudante Sarah Reis, de 16 anos, que morreu eletrocutada após pegar na barra de proteção do corredor de ônibus do Eixo Anhanguera, em Goiânia, está inconformada com a perda da adolescente. Abalados, parentes contam que o acidente aconteceu sete meses depois de o irmão mais velho de Sarah ser assassinado.
“Eu nem sei descrever como estamos porque a dor da nossa família é imensa. Estamos sofrendo muito com isso”, lamentou o padrasto de Sarah, José Antônio de Oliveira, durante o velório da enteada, nesta terça-feira (5), no Cemitério Parque Memorial.
O acidente aconteceu por volta das 19h de segunda-feira (4), no Setor Jardim Novo Mundo, na capital. Segundo testemunhas, Sarah queria atravessar de um lado para o outro da avenida pelo corredor do Eixo Anhanguera. Ela caiu no momento em que segurou na barra de metal do guard raill e em um poste de iluminação.
De acordo com a Companhia Energética de Goiás (Celg), a fiação da iluminação pública passa dentro do barra de proteção, que é de metal. A empresa constatou que houve uma falha nessa rede, energizando a estrutura. A Celg não descarta a possibilidade de que o poste também estava energizado.
A companhia desligou a energia da região por cerca de uma hora até que o problema fosse detectado. De acordo com a companhia, como a falha era apenas em um ponto, só o transformador da iluminação pública foi desativado. Assim, conforme a empresa, não há nenhum consumidor com fornecimento de energia prejudicado na região nesta terça-feira.
Responsável pela manutenção da iluminação pública, a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Seinfra) informou que enviou uma equipe ao local logo após o acidente, mas não teve como fazer a checagem do que aconteceu. Por isso, uma nova equipe retornou ao local nesta manhã para realizar os devidos levantamentos. Um laudo técnico sobre as causas do acidente deve ser elaborado.
A Seinfra lamentou a morte da adolescente. O órgão ainda alertou que o local é impróprio para a travessia de pedestres.