Uma audiência pública foi realizada na tarde desta quinta-feira (12), no Parque de Exposições de Rondonópolis para debater sobre o seguro rural oferecido atualmente aos produtores. Na ocasião estiveram presentes o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, a presidente da Comissão da Agricultura do Senado, Ana Amélia, os senadores Wellington Fagundes, José Medeiros, deputados e lideranças agronegócio.
O objetivo da audiência, segundo o senador e relator da Comissão de Agricultura, Wellington Fagundes é ouvir os anseios e as sugestões dos produtores rurais para desta forma auxiliar em uma nova sistematização do seguro rural. “A função da audiência pública é justamente para ouvir aqui na base, as sugestões, as angustias, e a gente transformar isso em uma política pública,” comentou Fagundes.
Ele comenta que a realidade do nosso país no que se refere ao seguro rural ainda é inferior se comparado aos Estados Unidos. “Nessa questão do seguro rural, ainda temos pouca abrangência, aproximadamente 13% da demanda da nossa produção é assegurada enquanto nos EUA chega a 100%. O produtor ele acredita muito e às vezes coloca tudo o que tem em uma produção, e de repente, por um desastre ambiental, por excesso ou falta da chuva, do granizo, frio, ele pode perder a produção e até a sua vida financeira ali,” disse o senador.
O ministro da Agricultura Blairo Maggi informou que a Comissão terá 90 dias para apresentar um projeto com novas possibilidades e sistematização para o seguro rural. “Nós entendemos que a demanda é bem maior que a capacidade que o Estado tem hoje para oferecer recursos para a subvenção e eu entendendo essa dificuldade e por isso criei uma comissão do Senado, esse grupo em 90 dias deverá apresentar ao Ministério uma nova possibilidade, vendo que da forma que está não é possível continuar, precisamos dar novas formas de financiar,” disse o ministro.
Blairo ainda falou sobre a importância da regularização fundiária em Mato Grosso. “Temos trabalhado com o Senado, juntamente com o senador Wellington de emancipar os assentamentos do Brasil. O Brasil distribuiu nos últimos anos 80 milhões de hectares de terra. Desse total ninguém tem documento, foi dada as terras as pessoas, mas não foi dada a emancipação. Eles não tem documento e não tem como ir ao banco tirar o dinheiro, pedir um financiamento estão aleijados no processo produtivo,” disse o ministro.
O ministro ainda destacou que tem dado um olhar especial para Mato Grosso em seu ministério. “Tenho aqui minha origem, todas as situações que acontecem no meu Ministério eu olho para meu Estado, não é mais que minha obrigação. Dentro dessa ótica [seguro rural] nós temos trabalhado não só MT como todo o Brasil, estamos viajando e conhecendo outras tipos de produções,” finalizou Maggi.