Duas ambulâncias do Samu ficaram paradas por falta de combustível nesta quarta-feira (12) no Distrito Federal. Segundo o órgão, os veículos ficaram desabastecidos por falta de verba para pagar o fornecedor. A Secretaria de Saúde informou que o empenho de R$ 1,155 milhão foi realizado na última terça e é suficiente para o abastecimento dos veículos da rede pública por 60 dias.
A família do morador de Planaltina aposentado Antônio Paiva Filho reclama que a situação provocou a morte dele. A filha dele, Shirley Garcia Paiva, afirma que ele tinha uma doença no fígado em estágio avançado, obrigando-o a ser tratado em uma UTI. Por isso, a família entrou na Justiça.
Internado em Planaltina no dia 5, o aposentado esperou cinco dias por uma vaga de UTI, que acabou surgindo em um hospital particular do Cruzeiro. A família comemorou, acreditando que o problema estava resolvido, mas faltou a ambulância para levá-lo. Por telefone, o Samu não conseguia dar informações sobre o problema.
Para contornar a situação, Shirley se ofeceu a abastecer a ambulância. “É um absurdo as pessoas morrerem por falta de gasolina e você ter dinheiro, e não poder botar gasolina no carro. Porque gasolina, você coloca R$ 50, R$ 100”, disse. O Samu informou que a situação foi resolvida à noite, mas o pai dela acabou morrendo por volta das 23h, assim que chegou na UTI.
O Samu possui 37 ambulâncias para atendimento da população e, diariamente, recebe 3,5 mil chamados, de acordo com a Secretaria de Saúde. Deste total, sete veículos são considerados “suporte avançado” – com condutor, enfermeiro e médico – e outras 30, “básicas” – com equipe formada por condutor, enfermeiro e dois técnicos de enfermagem.