A ex-presidenta argentina, Cristina Kirchner, compareceu nesta segunda-feira (31) perante o juiz federal Julian Ercolini, para depor sobre supostas irregularidades na concessão de obras publicas durante seu governo (2007-2015). Ela foi acusada de favorecer o empreiteiro Lázaro Báez, que está preso e será processado por lavagem de dinheiro.
Esse é apenas o primeiro de três casos de corrupção envolvendo Cristina Kirchner que estão sendo investigados pela Justiça. No seu depoimento, que durou duas horas, e em entrevista na saída do tribunal, a ex-presidente negou ser amiga ou sócia comercial de Báez e disse ser vítima de perseguição politica. Na sua conta Twitter, Cristina insinua que tudo faz parte de uma manobra do presidente Mauricio Macri, para “tapar a catástrofe social e econômica” do pais.
Cristina pediu ao juiz para realizar uma auditoria completa das obras públicas – e não apenas aquelas concedidas a Báez durante seus dois mandatos presidenciais. Ela quer que seja investigado “a fundo e sem arbitrariedades nem cálculos políticos” o financiamento de todas as obras, incluindo aquelas realizadas nos governo de seu finado marido e antecessor, Nestor Kirchner (2003-2007), e de seu rival politico e sucessor, Mauricio Macri, que assumiu em dezembro passado.