O azeite está presente em 47% das casas brasileiras, e 55% dos consumidores usam o produto uma vez por dia, segundo uma pesquisa realizada pela marca Gallo. Porém, muitas vezes o cliente é enganado, como mostra um levantamento feito com 20 marcas pela Associação de Consumidores Proteste. Depois da avaliação, o grupo pediu a retirada de oito produtos do mercado para o Ministério da Agricultura, o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) e o Ministério Público.
No total, quatro produtos nem deveriam ser chamados de azeites, pois ao azeite (proveniente da azeitona) foram adicionados outros óleos vegetais, o que não é permitido por lei. Os produtos fabricados pelas empresas Pramesa, Figueira da Foz e Tradição foram os eliminados, além de uma outra marca, que conseguiu uma liminar na Justiça para não ser citada pela Proteste, apesar de ter sido reprovada.
Embora tragam a palavra extravirgem na embalagem, Qualitá, Beirão, Carrefour Discount e Filippo Berio foram avaliados como virgens na análise sensorial. Isto quer dizer que o consumidor paga mais pelo produto, mas não tem os benefícios do azeite extravirgem.
O melhor do teste foi o azeite Cocinero, por se tratar de um autêntico azeite extravirgem, com qualidade excelente e melhor custo-benefício. O ponto negativo é ter embalagem de plástico, já que garrafas de vidro escuro costumam conservar melhor o alimento.
Segundo a associação, ficou constatada a melhora de algumas marcas. No último teste, La Española, Carbonell, Serrata, Gallo e Borges foram classificados como virgens. Desta vez, contudo, provaram ser extravirgens.