O empresário Fábio Sérgio Vitor, 41 anos, que havia sido solto da penitenciária Mata Grande na quinta-feira (9) por engano, decidiu se apresentar as autoridades na manhã deste sábado (12) acompanhado do advogado. Segundo o subdiretor da Mata Grande, Pedro Cardoso, o suspeito garantiu ser inocente e por isso, decidiu retornar ao presídio.
Cardoso ainda esclareceu que houve um erro material por parte do servidor da penitenciária e ao detectar o equívoco, logo começaram a monitorar o advogado de Fábio. “O advogado desde o começo se mostrou a disposição em nos ajudar, ele nos garantiu que o Fábio ia se apresentar. Hoje, ele me ligou por volta das 9h30 e disse que o Fábio estava na cidade para se entregar, pedindo que fosse garantida a sua segurança. Asseguramos que sua integridade física seria preservada, ” explicou o subdiretor.
Fábio chegou a unidade prisional por volta das 11h, em seguida, foi levado a 1ª Delegacia de Polícia para confecção do boletim de ocorrência e na sequência encaminhado ao Instituto Médico Legal para o exame de corpo de delito.
O subdiretor explica que atualmente a demanda da penitenciária é muito grande o que pode ter propiciado o erro do servidor da unidade. “Nós temos hoje 1,4 mil presos, dos quais, 400 presos provisórios que sai e entram todo dia, infelizmente aconteceu justamente com o Fábio. O servidor mesmo realizando a consulta no TJ [Tribunal de Justiça] não constava nada. Só que alvará era da 3ª Vara Criminal, acho que o alvará do flagrante e ele ainda tinha o mandado de prisão da 2ª Vara Criminal,” explica Cardoso.
O subdiretor explica que o servidor não encontrando nada a mais contra o suspeito, o liberou e só depois ficou sabendo que tinha o mandado de prisão preventiva. “Importante frisar aqui que o servidor é uma pessoa totalmente responsável, é advogado também, são coisas que acontecem, foi um erro material e nós não vamos fugir dessa responsabilidade,” assegura Cardoso.
Ele ainda explicou que ao servidor administrativo cabe as funções de agilizar os alvarás de soltura e a entrada e saída dos presos.
Quanto ao local onde Fábio estava neste período, o subdiretor afirmou que não tinha essa informação e que foi repassado apenas pelo advogado que o empresário estava a caminho de Rondonópolis. Para Cardoso, o suspeito não tinha o intuito de fugir da unidade.
“Se estivesse com o propósito de fugir, tivesse pago propina para algum servidor, ele não estaria hoje na cidade e não retornaria, fica claro e evidente que houve um erro material,” finalizou Cardoso.