A revista científica The Lancet publicou um estudo na semana anterior um número alarmante com relação as pessoas com hipertensão. De acordo com a maior pesquisa do gênero já realizada, envolvendo uma equipe com centenas de cientistas, nos últimos 40 anos o número de pessoas com pressão alta dobrou e chegou a 1,13 bilhão.
O estudo que utilizou dados de medição de pressão sanguínea de 20 milhões de pessoas em quase todas as nações mundiais, entre os anos de 1975 e 2015, concluiu que a proporção de habitantes com hipertensão caiu em países de alta renda, em compensação, teve aumentou nos de baixa renda, como África e Ásia.
Para o autor principal do estudo, Majid Ezzati, do Imperial College, a pressão alta mudou de cenário, antes era ligada à riqueza, em 1975, agora a doença está ligada a pobreza.
Apesar de não saber com exatidão o que provocou a redução de pessoas com pressão alta nos países ricos, os autores entendem que o melhor acesso a sistemas de saúde, diagnósticos, medicamentos e alimentação saudável sejam os principais fatores para a diminuição.
O estudo ainda apontou que os homens na maior parte dos países representam mais casos do que mulheres quando se trata de pressão alta. No ano passado, 597 milhões de homens sofriam com hipertensão contra 529 milhões de mulheres.
Já no Brasil, nos últimos 40 anos, houve uma queda no número de pessoas com pressão alta, de 35,5% para 26,7% entre homens e de 33,7% para 19,9% entre mulheres. No caso do Brasil, o estudo demonstra que a situação econômica está relacionada a queda da pressão sanguínea. (Com Estadão)