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Roberto canta “Inferno” e se emociona com Caetano e Gil em especial

Da Redação com UOL
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8.nov.2016 - Roberto Carlos canta "Que Vá Tudo Pro Inferno" em especial da Globo
Reprodução /Instagram /robertocarlosoficia

“Mas eu estou aqui vivendo esse momento lindo…”. O Natal está mesmo logo ali. Como de costume, Roberto Carlos abriu a gravação do seu especial da Globo com “Emoções” para um público seleto de cerca de 200 convidados nos estúdios da emissora no Rio de Janeiro, e se emocionou, literalmente, ao receber Caetano Veloso, Gilberto Gil e Marisa Monte no palco.

O programa, que foi gravado em duas partes, na segunda (7) e terça-feira (8), exibirá ainda um dueto gravado com Jeniffer Lopez em Los Angeles, efeitos especiais e uma canção que estava fora do repertório dos shows do rei há muitos anos.

“Gostei de fazer meu especial este ano de uma forma assim mais intimista”, disse ele, que ainda dividiu o palco com Zeca Pagodinho, Rafa Gomes, do “The Voice Kids”, e Milton Guedes.

Roberto cantou com Caetano e Gil “Coração Vagabundo” e “Marina”. “Estou nervoso. Que alegria ter vocês aqui. Que coisa incrível poder participar de um número de um show de vocês”, comemorou ele, visivelmente emocionado.

“O Roberto já é uma voz absorvida, projetada por nós todos. Muito do nosso cantar, do nosso continuar cantando é por causa dele”, comentou Gil.

Ao lado de Marisa Monte, o Rei cantou “De Que Vale Tudo Isso”, “Ainda Bem” e dançou juntinho com direito a rostinho colado.

“O Roberto é uma referência de vida inteira, são anos ouvindo a voz dele. É uma voz familiar, que traz um conforto. Cantar junto é sempre inspirador. Ele tem uma qualidade como cantor que eu adoro que é a clareza do discurso, ele sabe valorizar a palavra cantada. Você ouve e na primeira audição, você está totalmente envolvida naquele discurso todo. É uma qualidade rara, é simples, coloquial e direto”, disse Marisa.

Quando o diretor Boninho pediu que ele repetisse a última canção com Marisa, Roberto não se incomodou e até brincou com a situação: “É bom que a gente dança de novo”.

O momento alto astral e divertido do primeiro dia de gravação do especial ficou por conta de Zeca Pagodinho, que, animado, não se importou em repetir cinco vezes um ‘pout pourri’ em homenagem ao centenário do samba que inclui “Com Que Roupa?”, de Noel Rosa, “Se Acaso Você Chegasse”, de Lupicínio Rodrigues e “O Sol Nascerá”, de Cartola.

Os dois cantaram juntos ainda “Caviar” e se atrapalharam bastante. Em alguns momentos Roberto errava a letra, em outros Zeca cantava no momento do Rei. Os dois repetiram três vezes a música e arrancaram risadas do público com as enrolações.

“O que é para eu fazer mesmo? Já me perdi”, questionava Zeca.

Roberto Carlos canta novamente “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”

Roberto estava mesmo bem-humorado e só se incomodou quando leu no teleprompter que a próxima canção depois que Marisa Monte deixou o palco seria “Quero Que Vá Tudo Pro Inferno”, uma das músicas banidas do repertório do cantor na década de 80, quando o TOC (Transtorno Obsessivo Compulsivo) se acentuou, aumentando também as manias e superstições do artista. O artista se ausentou do palco por alguns minutos e, após ser convencido pelo maestro Eduardo Lages, cantou a música completa.

“Não me lembro mais quando foi a última vez que cantei essa música. Faz muito tempo realmente. De repente os amigos insistiram e comecei a tratar o TOC. Melhorei um pouco e ensaiei cantando pela metade, mas aí tratei mais um pouco e resolvi cantar tudo”, disse o cantor que até abraçou o maestro para comemorar.

A Globo montou um palco circular cercado por três imensos painéis de led que exibiram imagens abstratas e fotos do cantor e de seus convidados.

No setlist estão muitos sucessos românticos como “Outra Vez”, “Amada Amante”, “Como vai Você?” e até a ‘caliente’ “Cavalgada”. Ele ainda cantou em espanhol “El Dia Que Me Quieras”, de Carlos Gardel. Em meio a gritos de “lindo” e “maravilhoso”, Roberto agradecia o carinho do público e por poder compartilhar com todos canções que falam do coração.

“O amor não devia rimar com dor. Mas às vezes [acontece], né? Quando vocês cantam comigo, vejo que ninguém está sozinho uma hora dessas”, falou ele, que seguiu cantando “Olha” ao lado de Milton Guedes, que fez um solo de gaita.

No quesito fofura, Rafa Gomes, que participou do “The Voice Kids”, venceu, mandou bem e parecia estar tranquila ao cantar com Roberto “Todos Estão Surdos” , “Ben” e “História de Uma Gata”, com direito a um miado de Roberto Carlos no final.

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