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Valorize a textura natural do cabelo crespo

Da Redação com Vogue
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Ari, Frederikke, Mica, Imaan, Grace… As modelos mais requisitadas do momento raramente aparecem em algum desfile ou campanha com os cabelos diferentes da aparência natural. Com cachos livres e assumidíssimos, não tentam se encaixar num padrão, fazendo inclusive de suas madeixas um trunfo de suas personalidades.

Mais que moda passageira, assumir a textura natural dos fios é parte de um movimento maior. Das redes sociais às prateleiras da farmácia, a mensagem é clara: está na hora de se livrar da ditadura do liso e descobrir seu verdadeiro cabelo.
Nas lojas de cosméticos, é nítido o aumento de produtos disponíveis para fios crespos e cacheados, enquanto no YouTube, gurus capilares como Rayza Nicácio e Mari Morena fazem sucesso com dicas para quem quer superar a química.

Os cabeleireiros também estão sentindo a onda: “É um movimento crescente, ligado ao empoderamento, que mira no exemplo de mulheres que se apropriaram de seus fios naturais”, diz Wilson Eliodorio, do salão WES, em São Paulo, que tem entre suas clientes a atriz Taís Araújo.

Mas não dá para negar que o processo de transição entre alisada e cacheada é complicado e demorado. Quem melhor do que a própria Taís Araújo para dar alguns conselhos? “Minha principal dica é ter paciência, pois é realmente muito chato passar pela fase da raiz crespa com ponta alisada. Como o cabelo fica esquisito com duas texturas, deixar preso ou fazer trancinhas pode ajudar, e, quando já estiver em um comprimento que você gosta, corte”, diz.

Alessandra Carvalho, do salão Marcos Proença, dona de um belo afro que um dia já foi alisado, complementa: “Produtos para ativar os cachos ajudam, fazer um babyliss na parte que ainda está lisa e secar com difusor também. Use lenços, brincões… Só não desista, pois vale a pena!”.
Outra fonte preciosa de dicas é o YouTube, onde se aprende a importância do cronograma capilar (para organizar as lavagens e focar na hidratação) e do método low poo (reduzir o uso de shampoo e optar por fórmulas sem sulfato, que não ressecam). Óleo de coco também é unanimidade, aplicado antes de lavar.

Bem conhecido de quem já passou pela transição é o “big chop” ou grande corte. “Ele retira toda a parte alisada, deixando somente o cabelo natural, resultando em melhor definição e facilitando os cuidados, já que com duas texturas os fios têm necessidades diferentes”, explica Zica Assis, sócia-fundadora da rede Beleza Natural. Para cuidar dos cachos, Zica reitera a importância de hidratar profundamente, repor queratina uma vez por mês e sempre usar água fria.

Pode ser trabalhoso, mas enfrentar a transição capilar é um poderoso processo de autoconhecimento e libertação. “Quando parei de alisar, descobri que meu cabelo é bom… Sempre ouvi que ele era ruim, e não existe cabelo ruim”, conclui Taís.

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