Quase um mês após os primeiros relatos de mortes de micos-estrelas e macacos-pregos na cidade, foi descoberta a doença que vitimou 15 primatas em apenas três dias, a maioria no Jardim Botânico. Um laudo divulgado pela Secretaria Municipal de Saúde na segunda-feira confirma a suspeita inicial de herpes, como noticiado pelo DIA.
Diversos laboratórios do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) trabalharam em conjunto para analisar nove amostras recolhidas a partir do dia 11 de outubro pelo Centro de Recuperação de Animais Silvestres (Cras), da Universidade Estácio de Sá. Os cientistas utilizaram as técnicas de RT-PCR convencional e de RT-PCR em tempo real, que, em termos mais simples, examinam o DNA.
A investigação apontou a presença do HSV-1, ou herpesvírus humano do tipo 1, que causa a herpes simples, a mesma que ocasiona pequenas feridas na boca de muita gente. Nos primatas, porém, a doença foi fatal.
Os especialistas da Fiocruz garantiram que a situação não apresenta riscos à população. Mesmo assim, permanece a recomendação de não alimentar ou manipular os micos, uma vez que eles são mais suscetíveis às doenças dos humanos.