Cerca de 500 investigadores, escrivães e delegados da Polícia Civil participaram de um ato em frente à sede da diretoria da Polícia Civil, em Cuiabá, nesta quarta-feira (7) contra a reforma previdenciária proposta pelo presidente Michel Temer (PMDB). De acordo com a proposta, os policiais civis e federais passarão a ser submetidos à regra de idade mínima de 65 anos e de, pelo menos, 25 anos de contribuição.
A principal reclamação das categorias é a retirada da aposentadoria especial por risco de vida. “Somos trabalhadores que sofremos riscos e isso faz com que a nossa expectativa de vida diminua”, afirmou o presidente do sindicato que representa os delegados, Wagner Bassi.
Os manifestantes ainda criticaram a idade mínima de 65 anos para o os contribuintes reivindicarem as aposentadorias. “Seria um absurdo pensar em um policial de mais de 65 anos invadindo casa de traficante e em ações na rua. Um polícia envelhecida não passa segurança para a população”, disse Bassi.
Para o representante dos escrivães, Davi Nogueira, a nova proposta da previdência visa transformar a polícia numa instituição arcaica e ineficiente. “O governo foi irresponsável em não nos ouvir antes de apresentar as mudanças. No último caso, se nossas manifestações não surtirem efeito, o último passo é uma greve”, declarou.
Conrado Almeida, representante dos delegados da Polícia Federal, que também são afetados com a mudança na previdência, participou do ato. No ato, os manifestantes carregaram faixas criticando a reforma. “A quem interessa o envelhecimento da polícia”, indaga um dos cartazes.
O grupo deve se reunir para um protesto em Brasília. A data do ato, no entanto, ainda não foi divulgada.