De acordo com o governo russo, treze corpos e 168 fragmentos já foram levados ao Centro de Medicina Legal em Moscou para sua identificação e análise genética. Além disso, as equipes de resgate que trabalham pelo quarto dia consecutivo na área do acidente e encontraram hoje a segunda caixa-preta da aeronave.

A primeira caixa-preta, que registra os parâmetros de voo, foi recuperada na terça-feira (27) e os especialistas já começaram a trabalhar em sua leitura.

Os primeiros dados obtidos pelos peritos ainda não permitiram antecipar uma hipótese prioritária sobre as causas do acidente, disse à agência oficial RIA Novosti uma fonte próxima à investigação. Segundo essa fonte, a comissão investigadora trabalha com uma série de motivos que podem ter causado o acidente do Tu-154: revisão ineficiente da aeronave, mal funcionamento dos “flaps”, erro de pilotagem, atentado terrorista, entre outras.

Participam das buscas pelos corpos das vítimas do acidente e de fragmentos do avião 46 embarcações, mais de trinta aviões e helicópteros, que já rastrearam uma superfície de 340 quilômetros quadrados, informou hoje o Ministério para Situações de Emergência da Rússia.

Uma fonte policial citada pela agência de notícias “Interfax” revelou que cerca de 30% dos destroços do avião já foram retirados do fundo do mar.

“Os meteorologistas preveem uma piora do tempo. Se houver crescimento das ondas, os trabalhos serão suspensos”, acrescentou a fonte.

A bordo da aeronave estavam seus oito tripulantes, 64 integrantes do grupo de música e dança Alexandrov do exército russo, nove jornalistas, outros oito militares, dois funcionários e a médica renomada Elizaveta Glinka, presidente de uma fundação humanitária.

Os artistas militares viajavam à Síria para participarem de uma apresentação de Ano Novo na base área de Khemeimim, em Latakia, no litoral sírio, onde a Rússia mantém um grupo de aviões de guerra.