Os vereadores de Cuiabá vão começar a nova legislatura com aumento salarial, bem ao contrário da maioria dos trabalhadores da Capital, que sofrem a falta de um salário melhor motivado pela crise financeira do Estado. Os vereadores aproveitaram a última sessão para aumentar seus salários de R$ 15 mil para R$ 18.975,00. Com isso, acrescento a Verba Indenizatória, cada vereador vai passar a receber mensalmente R$30.360,00.
Mas o benefício não foi concedido apenas aos vereadores. Na esteira do aumento o salário do prefeito eleito, Emanuel Pinheiro (PMDB) que assumirá o cargo em primeiro de janeiro, no próximo domingo, vai passar a ser de R$ 23 mil. Isso aumenta, por consequência, os subsídios do vice, que são 70% do chefe do Executivo. Na semana passada, os vereadores também já haviam aprovado projeto de lei que cria verba indenizatória para o vice-prefeito. O valor do benefício será 60% da VI recebida pelo prefeito.
Mas se votaram os próprios aumentos, os vereadores deixaram para a próxima legislatura o aumento da planta genérica, que ajustaria os valores do IPTU, provocando aumento na arrecadação do município. A medida era para ter sido votada na semana passada, mas o vereador Domingos Sávio (SDD), líder do prefeito Mauro Mendes (PSB), manobrou e tirou o projeto de pauta. A proposta foi reapresentada, mas só poderia entrar em votação se fosse regime de urgência, que necessita do apoio de 17 parlamentares.
Apesar da articulação de Emanuel Pinheiro (PMDB), o número foi insuficiente e o reajuste não foi votado.
Votaram contra o aumento dos próprios salários os vereadores Onofre Júnior (PSB), Toninho de Souza (PSD), Arílson (PT), Adilson da Levante (PSB), Leonardo Oliveira (PSB) e Domingos Sávio. Alan Kardec (PT) não estava no plenário.
Os vereadores também aprovaram o corte de 240 cargos comissionados na estrutura Câmara, que fica com sete secretários e 21 DAS. Dos 22 presentes, 21 votaram a favor medida, mesma margem que aprovou a reestruturação do quadro salarial dos DAS.