Nessa inspeção foi identificado que os presos estavam vivendo em condições subumanas e também não poderia receber novos detentos, pois abrigava muito acima da capacidade. Acomodava 179 presos enquanto tinha espaço para 60.
Em uma cela com oito camas, por exemplo, dormiam 18 detentos e em outra cela com capacidade para quatro presos foram encontrados 14.
“Em outubro pedimos a interdição parcial [da cadeia] para que os presos provisórios e condenados de outras comarcas fossem transferidos e os condenados encaminhados para os presídios”, declarou o promotor.
A decisão, segundo o promotor, não foi cumprida e atualmente há 184 presos, entre condenados e presos de outros estados que não conseguem a transferência. Com isso, a cadeia pública de Primavera do Leste está ainda pior que na época da sentença.
Alves disse temer pela segurança dentro da cadeia, pois, de acordo com ele, 15 presos que integram uma facção foram identificados, mas que nada foi feito e eles continuam no local. “Pedimos a transferência desses presos, mas depois de 60 dias eles já estavam de volta. O medo de uma rebelião é grande”, contou.