Uma menina de 2 anos morreu na noite de quinta-feira (9) depois de passar mal em uma escola particular de Campo Grande. Segundo a família, a menina foi levada a um hospital particular, onde esperou por quase cinco horas por transferência para um hospital público com vaga em CTI. A polícia vai investigar a causa da morte.
A Secretaria Estadual de Saúde (SES) informou que a responsabilidade pela regulação de vagas em CTI é do município. A Secretaria Municipal de Saúde (Sesau) informou ao G1 que os protocolos de solicitação foram respeitados (confira abaixo a nota na íntegra). A escola garantiu que prestou toda assistência à criança, se solidariza com a família e lamenta o ocorrido.
A família contou à polícia que levou a menina para a escola de tempo integral no período da manhã. A criança estava bem. Por volta das 14h30 (de MS), funcionários do colégio ligaram avisando que a garota estava com febre e não queria se alimentar.
O pai, o motoentregador Igor Prudente Passos Martins, de 28 anos, disse que chegou ao local e encontrou a filha com febre e ofegante. Ela deu entrada no hospital por volta das 16h. O estado de saúde da menina piorou e, uma hora depois, o hospital teria comunicado que precisava de uma vaga em CTI para transferência.
Ainda segundo a polícia, por causa da dificuldade para respirar, foi feita aspiração das vias aéreas. A criança expeliu grande quantidade de sangue e um líquido com aspecto achocolatado.
O pai destacou que a menina recebeu atenção de vários profissionais na unidade de saúde, mas morreu por volta das 21h. Segundo o pai, somente depois desse horário foi liberada a vaga para a transferência da criança.
“Se tivesse um leito de CTI disponível eu não estaria enterrando minha filha hoje. O médico ficou cinco horas fazendo ventilação manual, fez de tudo para salvar a minha filha, mas quando a vaga saiu ela já estava morta.”
O caso foi registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro como morte a esclarecer.