Os resultados de uma investigação realizada pela Universidade Erasmus de Roterdã, na Holanda, mostram que emagrecer nem sempre é a opção número um para melhorar a saúde cardiovascular. Pelo menos não para os idosos.
Mais de 5 300 pessoas foram avaliadas por 15 anos, todas com idades entre 55 e 97. No começo do estudo, nenhum participante tinha problemas no coração — ao longo do tempo, 16% desenvolveram alguma doença do tipo. Os cientistas então analisaram os dados e chegaram à conclusão que não existia conexão entre o índice de massa corporal (IMC) sozinho e as enfermidades apresentadas.
Por outro lado, a atividade física estava atrelada a um risco menor de disfunções cardíacas, independentemente do IMC. Mas calma: os pesquisadores ressaltam que isso não quer dizer que o excesso de barriga é isento de consequências.
Segundo a Nutricionista Emanueli Krauspenhar a obesidade é associada a um risco aumentado de doenças cardiovasculares. A perda de gordura é recomendada. Porém, nos mais velhos, essa questão é um pouco diferente. Porque o emagrecimento, especialmente o não-intencional, está relacionado à perda de músculos e morte.
“Em outras palavras, os idosos devem checar com um profissional de saúde se é o caso de emagrecer ou não. Eles não podem perder massa muscular, só um profissional pode indicar uma dieta equilibrada para eliminar gordura, e manter massa magra”, explica Krauspenhar.
A Nutricionista ainda disse, “Qualquer atividade é positiva para o coração. Para as pessoas mais velhas de todos os pesos, caminhadas, pedaladas e o trabalho da casa são boas formas de manter o movimento”, completa.
A dieta que faz o emagrecimento, o exercício é o coadjuvante, ” Precisa de uma escolha alimentar boa, geralmente um idoso tem mais dificuldades para emagrecer, porque a preocupação em manter um corpo bonito fica para os mais novos. Idosos precisam manter a saúde com alimentação rica em proteínas, vitaminas, minerais e pouco carboidrato”, finaliza.