Após reclamações de moradores primaverenses, contra o preço abusivo cobrado pelas distribuidoras pelo botijão do gás de cozinha (13 quilos), os vereadores se manifestaram duramente ao longo da sessão da Câmara Municipal, na segunda-feira, 26, taxando de “cartel” o preço que está praticamente “fixado” em R$ 95 a unidade em quase todos os estabelecimentos. O detalhe é que alguns poucos meses atrás os valores variavam entre R$ 55 e R$ 65.
O presidente da Câmara, Leonardo Bortolin falou sobre o assunto e lembrou que a Casa de Leis possui a Comissão de Direitos do Consumidor. Segundo ele é necessário verificar se por meio de portaria seria possível promover uma atuação fiscalizatória mais forte, verificando o que está acontecendo no comércio local.
Outro vereador a se manifestar sobre o assunto, o vereador Carlos Araújo (PP), o “Araújo do Sindicato”, afirmou que é necessário tomar providências urgentes, tendo em vista que Primavera do Leste, se comparado a cidades como Poxoréu por exemplo, está com valores até R$ 20 ou R$ 25 reais a mais no preço do botijão, variação que pode ultrapassar os 30%.
Em seu gabinete, na manhã desta terça-feira ele solicitava o comparativo dos preços e destaca que “o assunto foi levantado e nos posicionamos a favor de verificar com a máxima urgência o que está acontecendo. Uma providência precisa ser tomada o quanto antes e caso seja comprovado que há formação de cartel nesta ou em outra atividade, iniciativas para a redução no preço devem ser logo buscadas”, avaliou ele.
Araújo considera que além das denúncias da população e atuação dos vereadores o Ministério Público também precisa tomar parte na situação e utilizar o poder fiscalizatório para investigar o que de fato vem acontecendo. “Em Primavera já temos reclamações constantes sobre o preço deste ou daquele produto ser mais caro, até mesmo abusivo. É necessário mudar essa realidade e esperamos que em breve a população tenha uma resposta positiva”, avaliou Carlos Araújo.