Em torno de 3 mil manifestantes fecharam as ruas em frente ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), nesta sexta-feira (28), em Rondonópolis. Manifestantes de 20 entidade municipais e também estudantes aderiram à greve geral nacional, contra as reformas da Previdência, trabalhistas que foram propostas pelo governo do atual presidente Michel Temer (PMDB).
Em Rondonópolis foi maior movimento já registrado, o ato público é contra o desmonte de direito e os ataques a educação pública promovido pelo governo federal e os respectivos governos estadual e municipais. Juntos com demais sindicatos e centrais sindicais paralisam as atividades e manifestam a contrariedade as Reformas promovidas pelo governo de Temer.
De acordo com Geane Lima Teles, a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis (Sispmur), não existe partido nas ruas, existem pessoas em busca de direitos. “É nosso direito que está indo para o ralo, o direito dos trabalhadores, se o brasileiro não acordar, estamos perdidos. Aqui não existe questões partidárias, aqui existe povo, o povo que sofre, mas que luta”, discorre.
A caminhada seguiu com duas paradas. A 1ª parada aconteceu na Antiga Rodoviária e a 2ª em frente ao Banco Itaú onde foram abordados temas da previdência, a sonegação do governo referente ao valor estimado em R$ 25 bilhões e também sobre os retrocessos que Segundo Almir Araújo representante dos Sindicato dos Bancários foram implantados no país.
O ato também foi marcado pela simbólica queima do boneco em representação ao atual presidente da República que Sob os gritos de “golpista”, foi jogado gasolina em um boneco com o rosto de Temer e queimado em praça pública.
Foram destaques nas pautas o protesto nacional que está com possíveis ameaças aos direitos dos trabalhadores, o considerado fim da aposentadoria devido ao longo tempo de contribuição estipulado e a precarização do trabalho com a terceirização, conforme os movimentos.
Segundo o Vice-Presidente do Sindicado dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (SINTEP) de Rondonópolis, João Eudes Anunciação, os trabalhadores estão nas ruas dizendo que não aceitam nenhuma retirada de direitos. “Queremos que os Congressos Nacionais sejam sensíveis e não aceite essa situação, onde “patrolaram” a reforma trabalhista e a reforma da previdência, tirando os direitos dos trabalhadores se aposentarem, por isso vamos ficar nas ruas, não vamos parar”, explica.
Na Capital Cuiabana
Na capital o Ato será a partir das 15h, na Praça Ipiranga, centro de Cuiabá. Houve protesto pela manhã, além das linhas de Ônibus não estarem funcionando. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), Sindicalistas do Sintep e Sindicato dos Servidores do Departamento Estadual de Trânsito de Mato Grosso (SINETRAN) fecharam os dois sentidos da BR-163 com saída para Lucas do Rio Verde. A PRF informou que o trânsito já está liberado.
Alto Araguaia
Em Alto Araguaia uma Tenda de informações foi colocada na Praça da Matriz para a concentração que deu início às 8h. A próxima concentração será a partir das 16h, e o percurso será com saída da Praça da Matriz, com uma volta em torno da Avenida da Carlos Hugueney. Professores, alunos da Unemat, Judiciário, Saúde, Sindicatos dos produtores rurais, estão reunidos no local.
Na última quarta-feira, a Câmara dos Deputados aprovou em Brasília o texto da Reforma Trabalhista e encaminhou o projeto para o Senado. A Reforma da Previdência tem previsão de votação no início de maio. Contra as medidas, as mobilizações pararam algumas das principais capitais do país. Em São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Recife e Brasília, linhas do metrô e demais serviços de transporte público, incluindo aeroportos tiveram os serviços interrompidos. O comércio também não funcionou por completo.