Representantes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), do Sindicato do Comércio Varejista e da Associação Comercial, Industrial e Empresarial (ACIR) da cidade estiveram reunidos na tarde desta terça-feira (18) com os vereadores durante a discussão da pauta para a sessão ordinária de amanhã para solicitarem informações e agilidade na aprovação do projeto de lei para cessão de parte da área da antiga rodoviária para a construção do Ganha Tempo. Os empresários temem que a demora possa acarretar a perda da verba de R$ 12 milhões para a construção da primeira etapa do projeto.
O texto do Executivo entrou na Câmara Municipal no dia 12 de abril, quase um mês depois de ser assinado pelo prefeito José Carlos do Pátio. O problema é que diante da morosidade dos poderes cogita-se a possibilidade do empreendimento ser destinado para Barra do Garças e Rondonópolis perder o Ganha Tempo, que será construído através de uma Parceria Público Privada (PPP).
O presidente da CDL de Rondonópolis, Neles Walter Ferreira de Farias, defendeu a construção no espaço da antiga rodoviária e entende que depois deste empreendimento, outros virão, assim como a valorização do que considera hoje como o cartão postal negativo da cidade, se referindo a quadra inteira que está abandonada numa das áreas mais nobres do Centro. “Não podemos perder esta verba, com esse empreendimento virão outros”, destacou.
O presidente da ACIR, Juarez Orsolim, também compartilha do mesmo entendimento. “Considero que o projeto apresentado atende as expectativas e acredito que será um benefício para a região se bem executado”.
O presidente do Legislativo, Rodrigo da Zaeli, ressaltou que a urgência do projeto foi derrubada em decorrência de dúvidas a respeito da construção e também da área a ser ocupada por parte de alguns vereadores.
A princípio, o projeto ocuparia somente uma fatia do terreno, a área de 2.428 m2, da rua João Pessoa, entre as avenidas Bandeirantes e Rui Barbosa. A cessão da área seria por 15 anos. Pelo texto do projeto do Executivo, o Estado teria até um ano para começar a construir e mais dois para a conclusão da obra que seria explorada pela PPP em 15 anos, depois o prédio volta para o município.
O Ganha Tempo é apenas parte do projeto total que inclui a Praça Popular e também uma construção para abrigar biblioteca, teatro municipal e galeria para lojas, além do estacionamento.
O texto deverá ser alterado com emendas que estipulam sanção ao Governo diante do não cumprimento dos prazos, entre elas, o retorno do terreno ao município. As sugestões serão apresentadas pelos vereadores.
O projeto, cujo regime de urgência foi derrubado na sessão passada e tramita em regime normal na Casa de Leis. Na sessão de amanhã, um técnico do MT Fomento deverá participar da sessão da Câmara para dirimir dúvidas dos vereadores e da população.