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Atentado com caminhão-bomba em embaixadas de Cabul mata 80 e deixa mais de 300 feridos

Da redação com G1
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Homem ferido se arrasta após explosão - Foto: Omar Sobhani/ Reuters
Homem ferido se arrasta após explosão – Foto: Omar Sobhani/ Reuters

Um atentado com caminhão-bomba nesta quarta-feira (31) em Cabul, capital do Afeganistão, deixou ao menos 80 mortos e mais de 300 feridos em uma área de alta segurança, perto do Palácio Presidencial, de várias embaixadas e edifícios do governo. Nenhum grupo reivindicou o ataque, mas o Talibã negou qualquer envolvimento.
O porta-voz do ministério afegão da Saúde, Waheed Majroh, informou que, entre as vítimas, estão mulheres e crianças e que o balanço ainda pode aumentar pois corpos ainda estão sendo retirados dos escombros. A BBC diz que 350 ficaram feridos.
Um motorista da BBC morreu e quatro jornalistas ficaram feridos no ataque, que aconteceu por volta das 8h25 (horário local, 0h55 de Brasília), no Distrito Policial 10, perto da Praça Zanbaq.

Prédio da Embaixada da Alemanha - Foto: Mohammad Ismail / Reuters
Prédio da Embaixada da Alemanha – Foto: Mohammad Ismail / Reuters

A explosão aconteceu perto da Embaixada da Alemanha, que ficou danificada, mas as equipes de segurança e o governo alemão ainda acham que é cedo para dizer que o imóvel era o alvo do ataque. O ministro de relações exteriores alemão, Sigmar Gabriel, afirmou que a equipe de segurança afegã que trabalhava no prédio está provavelmente entre os mortos e que algumas pessoas ficaram feridas, mas a maioria sem gravidade.
Os prédios da França e da Turquia também foram afetados. O governo da Turquia garantiu que seus funcionários não se feriram. A ministra francesa de negócios europeus, Marielle de Sarnez, afirmou que até o momento não há relato de pessoas machucadas na embaixada francesa.

Um cão corre em direção do local de explosão em Cabul - Foto: Shah Marai / AFP Photo
Um cão corre em direção do local de explosão em Cabul – Foto: Shah Marai / AFP Photo

A explosão foi tão violenta que abalou parte da cidade, quebrando vidraças e gerando pânico entre a população. Testemunhas relataram que 30 carros que circulavam na região ficaram destruídos. Uma densa coluna de fumaça podia ser vista à distância.
Após o atentado, muitas pessoas tentavam desesperadamente entrar na área isolada para saber notícias de familiares e amigos, constatou a France Presse (AFP). “Graças a Deus, o pessoal da embaixada indiana está são e salvo após a enorme explosão em Cabul”, tuitou a chefe da diplomacia indiana, Sushma Swaraj.

O presidente do Afeganistão, Ashraf Ghani, condenou fortemente o ataque “covarde no mês sagrado do Ramadã que visou civis inocentes”, segundo a BBC. Na semana passada, ele tinha pedido que todos os grupos insurgentes respeitassem a comemoração do mês sagrado e interrompessem suas ações armadas.

O porta-voz da polícia de Cabul disse que as primeiras investigações apontam que o veículo, um pequeno caminhão do serviço de rede de esgoto, foi carregado de explosivos. “O alvo não está ainda claro, mas foi perto da Embaixada da Alemanha”, afirmou Basir Mujahid. A área foi isolada e as investigações continuam.
Até o momento, o ataque não foi reivindicado, mas a explosão ocorre logo após o anúncio da “ofensiva de primavera” dos talibãs. O grupo Estado Islâmico (EI) comete atentados regulares contra Cabul.
No entanto, no domingo (28), os talibãs provocaram uma explosão com um carro-bomba, em um ponto de ônibus em Khost, no sudeste do país, deixando 13 mortos e oito feridos, no primeiro dia do Ramadã.

Homens movem um homem ferido para um hospital - Foto: Mohammad Ismail / Reuters
Homens movem um homem ferido para um hospital – Foto: Mohammad Ismail / Reuters

O chefe do Pentágono, Jim Mattis, declarou recentemente que esperava “mais um ano difícil” para o Exército afegão e os soldados estrangeiros no Afeganistão.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, analisa o envio de mais militares ao Afeganistão para resolver o impasse. Os EUA têm 8.400 militares no território afegão, apoiados por 5 mil homens de países aliados da Otan. A principal missão deste contingente é treinar e aconselhar os soldados locais.

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