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Em março, 58% dos consumidores não procuraram crédito no Brasil

Da redação com Agência Brasil
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Em março, 58% dos consumidores não usaram nem buscaram nenhuma forma de crédito, segundo levantamento divulgado hoje (9), em São Paulo, pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). Segundo a pesquisa, feita em todo o país, para 44% dos entrevistados está difícil conseguir empréstimos ou financiamento, sendo que 20% tiveram crédito negado para fazer compras parceladas, quase a metade (9%) porque estavam inadimplentes.

O cartão de crédito foi a modalidade mais usada pelos 42% que utilizaram crédito em março, com menção de 37% dos consumidores. O crediário foi preferido por 12%, mesmo percentual dos cartões de loja (12%). Em seguida, aparece o cheque especial, com 6%.

Entre os usuários de cartão de credito, 42% disseram que não sabem quanto gastaram em março. Os itens mais adquiridos foram alimentos (62%), remédios (49%), roupas (32%) e combustível (28%).

Para o presidente do SPC Brasil Roque Pellizzaro Junior, o grande número de pessoas que se afastaram do crédito está relacionado ao cenário econômico ruim, aí incluídas as altas taxas de juros. “Com a inadimplência em patamar elevado, desemprego crescente e recessão, tanto bancos como financeiras têm restringido o crédito no mercado, o que dificulta a contratação por parte do consumidor. Além disso, as taxas de juros, ainda muito elevadas, acabam inibindo o apetite do consumidor na busca de recursos financeiros para fazer compras” disse ele.

Corte de gastos

A pesquisa mostrou ainda que 62% dos consumidores pretendem reduzir gastos em maio, enquanto 32% querem manter as despesas no mesmo patamar.

Entre os que querem economizar, 24% disseram que tentam sempre gastar menos, 20% acham que os produtos estão mais caros e 15% disseram que estão endividados ao justificar a opção.

Apenas 15% dos consumidores disseram ter dinheiro sobrando para comprar ou investir, enquanto 43% revelaram que nem sobram, nem faltam recursos.

E mais: 34% não estão conseguindo pagar as contas com a renda atual. A pesquisa foi realizada em 12 capitais e ouviu 800 pessoas.

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