A Prefeitura de Manaus decretou situação de emergencial social devido o intenso processo de imigração dos indígenas da etnia Warao da Venezuela para capital amazonense. Grupos estão acampados em viaduto e na Rodoviária de Manaus.
A crise econômica e a falta de alimentos na Venezuela fizeram com que indígenas nativos deixassem o país. Mais de 400 índios venezuelanos estão na capital do Amazonas. O decreto foi publicado no dia 4 de maio.
Os indígenas estão acampados em área pública, submetidos à situação de risco pessoal e social, em especial, crianças adolescentes e idosos, de acordo com a Prefeitura de Manaus.
A prefeitura determinou que fica em alerta máximo a Secretaria Municipal da Mulher, Assistência Social e Direitos Humanos (Semmasdh), que deverá priorizar ações emergenciais humanitárias no Município de Manaus.
“Ficam dispensados de licitação os contratos de aquisição de bens e serviços necessários à execução do Plano de Ação Intersetorial para atender aos indígenas da etnia Warao no Município de Manaus”, estabelece o decreto assinado pelo prefeito Arthur Neto.
Em busca de sobrevivência, os índios começaram a migrar para Manaus desde o início deste ano. Adultos, idosos e crianças se abrigaram na Rodoviária de Manaus e debaixo de um viaduto na Zona Centro-Sul. A presença dos imigrantes gerou a abertura de um inquérito civil pelo Ministério Público Federal no Amazonas (MPF/AM). O objetivo da ação é acompanhar medidas de apoio aos indígenas Warao. O MPF solicitou informações de órgãos públicos ligados à assistência social, direitos humanos e indígenas, sobre as medidas adotadas para garantir o atendimento humanitário aos refugiados.