O policial militar Yuri Rafael Rodrigues da Silva Miranda foi preso pelo homicídio do segurança Kássio Enrique Ribeiro de Souza, de 26 anos, durante uma festa no Gama, DF. O crime aconteceu em outubro de 2016. O agente, que é lotado no 19º BPM de Goiás, localizado no Novo Gama, na Região do Entorno, teria discutido com a vítima, que trabalhava na confraternização, por conta do local onde estacionou o veículo.
De acordo com o advogado do policial, Divaldo de Oliveira Netto, a Justiça do DF expediu um mandado de prisão na última quarta-feira (3). No dia seguinte, ele se apresentou em um quartel de Goiânia, onde está preso. O defensor diz que vai recorrer por considerar a detenção injusta.
“Vou entrar com o pedido de habeas corpus junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), pois não há motivo para a prisão preventiva. Poderia ter estipulado fiança, optado por uma tornozeleira eletrônica ou prisão domiciliar. Não havia necessidade dessa prisão”, disse ao G1.
O G1 entrou em contato com a assessoria de imprensa da PM de Goiás e aguarda retorno.
O advogado também informou que o Ministério Público já ofereceu denúncia contra Yuri por homicídio e que a defesa aguarda a realização da audiência de instrução.
Crime
O crime ocorreu no dia 23 de outubro de 2016. Testemunhas afirmaram que Kássio, que trabalhava pediu ao PM para retirasse o carro de uma área gramada onde havia estacionado, pois ali era proibido parar. Eles discutiram e um o vigilante apontou uma arma de brinquedo para o policial, que revidou com os disparos.
A vítima chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos. Após o caso, Yuri se apresentou espontaneamente na delegacia, onde prestou depoimento e foi liberado. Na ocasião, ele alegou legítima defesa.
Na época, o diretor do Sindicato dos Vigilantes do DF, Gilmar Rodrigues, afirmou à TV Globo que o profissional atuava como “freelancer”, algo que é proibido por lei.