A maioria dos vereadores primaverenses utilizou o espaço em tribuna ao longo da sessão desta segunda-feira, 08, para cobrar a exoneração do secretário de Saúde do município, Ivaldir Ortiz e o afastamento imediato do médico ortopedista Fábio Viana Pereira Belo das atividades como “conselheiro”, que vem exercendo desde que o prefeito Getulio Viana assumiu a gestão do município.
De acordo com eles, resta comprovado que, além dos problemas que já vem sendo enfrentados no setor da saúde, a suspensão dos hospitais ao atendimento pelo SUS, que ocorreu desde o último sábado, 06, está diretamente relacionada ao secretário e ao médico, cabendo a este a parcela mais importante na falta de negociação. Entre os motivos para suspensão estão: atraso nos pagamentos ao hospital, glosagem nas Autorizações para Internamento Hospitalar (AIH’s), pela existência, segundo a secretaria de Autorizações em branco, falta de diálogo na negociação, entre outros.
Os vereadores citaram a existência de perseguição a outros funcionários da saúde por parte do médico que é concursado para atendimento de 20 horas no Centro de Especialidades Oswaldo Cruz, mas que na manhã desta segunda-feira, por volta de 09h20 estava na prefeitura e em seguida participou de uma reunião com alguns vereadores na casa do deputado Zeca Viana. O detalhe é que, neste horário ele deveria estar atendendo pacientes.
Fábio Viana foi citado como o médico que “misteriosamente” passou a ganhar em torno de R$ 14 mil reais apenas para tomar decisões pelo secretário Ivaldir. “Com este cidadão a saúde tende é a afundar de uma vez e os problemas têm nome: Fábio Viana”, comentou o vereador Luis Costa, lembrando ainda que outras denúncias no setor da saúde vêm sendo feitas e nenhuma providência é tomada.
Léo Bortolin destacou que “o secretário estava mentindo ao dizer que estava tudo pago aos hospitais e ele me afirmou isto. Em seguida solicitei a cópia do pagamento de março e ele disse que logo viria. Como não chegou, foi verificado e tomamos ciência de que não fora pago”, denunciou. Além disso Léo cita que o secretário não tem conhecimento técnico da pasta e aparentemente o prefeito sequer tem ficado sabendo de determinadas situações.
Manoel Mazutti, ponderando a situação acrescentou que “a melhor solução deve ser encontrada. Não se pode jogar dinheiro pela janela, mas colocar quatro pacientes em uma ambulância para fazer uma ressonância em Poxoréu, não tem cabimento. Como já foi citado, quem sofre é sempre a parte mais humilde, menos favorecida. Além disso, temos um outro entrave na situação que chama-se Fábio Viana. O senhor não é dono da Secretaria e sequer secretário”. Para Manoel, em homengem às falas dos demais vereadores, ele deveria pedir para sair, porque até a classe médica o odeia”, destacou.
Carlos “Instrutor” citou também que não é possível a situação continuar deste jeito e os atendimentos locais precisam ser retomados para o bem da população. Colocou a situação de um médico que foi retirado do local em que atuava, por determinação dos gestores, prejudicando também à população, enquanto “um médico já citado aqui, ganha mais de R$ 14 mil reais”, frisou.
NEGOCIAÇÃO
Ao longo da segunda-feira todos os vereadores estiveram empenhados em tentar resolver o impasse em função da suspensão nos atendimentos. Alguns, como citado se reuniram pela manhã na casa do deputado. No período da tarde foram ao hospital São Lucas e mais tarde uma reunião no gabinete com o prefeito Getulio.
Em princípio os atendimentos deverão ser retomados por um período de até dois meses, ao longo dos quais os proprietários dos hospitais esperam que os termos de reajuste e continuidade nos atendimentos sejam negociados. Durante coletiva na manhã de hoje no gabinete do prefeito Getulio Viana os detalhes deverão ser repassados à imprensa.