A Santa Casa de Rondonópolis iniciou há quase dois meses no primeiro andar, uma ala de 1.000 metros quadrados divididos em sete salas para procedimentos de alta complexidade que atendem cirurgias como: revascularização do miocárdio, correção de doenças valvares, cateterismo, angioplastia, implante de marca-passo cardíaco, aneurisma e outros.
Outro avanço comemorado pela Santa Casa de Rondonópolis, é a realização de procedimentos da toracotomia, conhecida como cirurgia de peito aberto.
Para o cirurgião buco maxilar e vice-diretor presidente da Santa Casa, Kemper Carlos Pereira, essa conquista é o resultado da luta de aproximadamente quatro anos, onde o hospital vem trazer mais benefícios a todos com esse tipo de procedimento. “Atendemos todas as exigências para que esse tipo de procedimento fosse oferecido a população de Rondonópolis e toda região sul do estado de Mato Grosso. Antes o paciente tinha que se deslocar até Cuiabá ou viajar para cidades de outros estados e era algo inviável para a realidade de muitos, com essa nova conquista o paciente pode ser atendido aqui em Rondonópolis, sem precisar sair de casa e em muitos casos ter todo o procedimento custeado pelo SUS. ” ressaltou o vice-diretor.
De acordo com o cirurgião Alessandro Bordinhão, em aproximadamente dois meses, já foram realizadas 21 cirurgias relacionadas ao procedimento de peito aberto e isso é uma vitória para todos: “Rondonópolis é a única cidade de todo o estado, antes de iniciarmos todos as exigências, antes só Cuiabá fazia esse tipo de procedimento e muitas vidas eram perdidas. ”
Ailton Shjam Waski, foi o segundo paciente a passar por cirurgia pela equipe da Santa Casa, ele relatou que foi fazer um procedimento de risco cirúrgico para uma atualização e depois dos exames de rotina descobriu que tinha passado por um infarto e estava prestes a ter outro. “Eu recebi a notícia tinha sofrido um infarto e estava perto de ter outro, o médico me avisou no início da semana sobre a cirurgia, eu achava que teria que ir para Cuiabá ou Campo Grande e tudo foi feito aqui em Rondonópolis, tudo custeado pelo SUS, não fiquei na fila de espera como achei que iria acontecer e eu estou aqui. Só tenho a agradecer a Deus e toda a equipe que me atenderam e cuidaram de mim.”
Parte dos equipamentos e outros materiais utilizados neste setor foram adquiridos por meio de doações de órgãos estaduais, pessoas físicas e jurídicas.
O Ministério da Saúde garantiu o valor anual de mais de R$ 3,9 milhões para a unidade hospital.