Durante a sessão da câmara realizada nesta segunda-feira, 26, os vereadores primaverenses incluíram e votaram, sendo aprovada por unanimidade a “Moção de Repúdio número 001/2017” em desfavor ao presidente da Assembleia Legislativa do estado, deputado Eduardo Botelho.
A moção ocorreu por conta de declarações realizadas pelo deputado recentemente à imprensa de Cuiabá, nas quais defendeu que “o Governo do Estado precisa aumentar a taxação do agronegócio, que paga apenas 3% em impostos”. A taxação, segundo ele, permitiria maior aplicação em investimentos no setor da Saúde estadual.
O próprio deputado no entanto acrescentou que “o governo não teria atualmente força política para a aprovação da proposta”, mas entre as justificativas citadas, lembrou que “a agricultura é responsável por gerar muitas riquezas no estado, porém tal riqueza é só para os produtores. O Estado mesmo não recebe quase nada, porque o agronegócio não paga imposto e o que gira em Mato Grosso é algo em torno de 3%, o que não é nada”.
Em outra declaração Botelho cita que “se levasse o projeto hoje, acho que não consegue aprovar, já que a maioria dos parlamentares é ligada ao agronegócio”. Para ele sem essa iniciativa não vai dar para fazer uma saúde de qualidade.
O documento incluído na pauta da sessão foi assinado por todos os vereadores os quais consideraram a importância que tem o setor para todo o estado, além da geração e distribuição de renda para todos os matogrossenses.
Segundo o presidente da câmara, Leonardo Bortolin na leitura sobre a justificativa do ato “nas declarações feitas(matérias e pronunciamentos) à imprensa o deputado Eduardo Botelho menospreza e trata a classe agrícola do estado como não deve ser tratada”. Diante de tais fatos a câmara se revoltou contra as afirmações, tendo em vista ainda a região ser essencialmente agrícola e pecuária, alavancando também o Produto Interno Bruto (PIB) do estado e do país.
Aprovada a Moção, esta agora será enviada à Assembleia Legislativa do estado de Mato Grosso.