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Bebê morre engasgada no primeiro dia de creche e escola afirma que foi “vontade de Deus”

Da redação com G1
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Eu penso que ela engasgou e não tinha ninguém perto para socorrê la, desabafa o pai da criança - Foto: Devair Maciel / Arquivo pessoal
Eu penso que ela engasgou e não tinha ninguém perto para socorrê la, desabafa o pai da criança – Foto: Devair Maciel / Arquivo pessoal

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar a morte de uma bebê de 4 meses, que passou mal e morreu no 1º dia de aula em uma creche de Campinas (SP). A informação foi confirmada na manhã desta sexta-feira (11) pelo delegado Hamilton Caviolla Filho. O titular do 1º Distrito Policial já colheu os depoimentos dos pais de Emanuelle Calheiros Maciel e, a partir da próxima semana, vai convocar funcionários e proprietários da unidade de ensino. O pai da menina, José Maciel, afirmou que a filha tinha refluxo e provavelmente passou mal sem ter ninguém perto para socorrer.

“Eu penso que ela engasgou e não tinha ninguém perto para socorrê-la. Ela usava um travesseiro antirrefluxo e em casa, quando ela passava mal, eu e a mãe dela já colocávamos ela na posição certa e acudíamos. Isso tem que ser apurado, nada vai trazer minha filha de volta, mas tem que ser apurado para que não aconteça com outros bebês”, afirma José.

Segundo o pai, Emanuelle mamava no peito e não comia outros alimentos. “Nunca tomou água, nunca comeu nada”, diz.
O laudo do Instituto Médico Legal (IML) para o atestado de óbito da menina apontou que Emanuelle morreu sufocada por “broncoaspiração maciça por alimento na creche” na quarta-feira (9). Com as mesmas informações, o IML emitiu, na quarta, o laudo solicitado pela Polícia Civil para a abertura do inquérito. Segundo Caviolla, o documento foi emitido “em tempo recorde”, pois costuma levar de 15 a 20 dias, no mínimo, para ser concluído.

Em depoimento, a mãe da menina afirmou ao delegado que, quando deixou a filha na creche, também entregou uma mamadeira com leite materno para os funcionários da escola, junto com um kit contendo fraldas e outros itens para uso da bebê. No entanto, segundo Caviolla, ela acreditava que o leite não precisaria ser dado pelo tempo que a bebê iria permanecer na unidade.

A criança havia mamado no peito antes de ir para a escola. A mulher ainda disse ao delegado que não sabe se a mamadeira foi dada para a bebê. A família informou que ainda não foi procurada pela escola e não recebeu qualquer apoio após a fatalidade.

O delegado Hamilton Caviolla Filho afirmou que a investigação vai apurar eventual crime e dolo – quando há intenção – na morte da criança. De acordo com ele, a creche só será responsabilizada criminalmente se ficar comprovado a culpa de algum funcionário no óbito da criança. Pelo menos cinco pessoas vão ser convocadas para depor.

“Temos que ver as circunstâncias que levaram a asfixia dessa criança para a gente chegar a um ponto de encontro. Temos que ver se houve o dolo ou se houve um acidente. Nossa função é apurar se houve crime, se alguém matou essa criança. É essa a participação da Polícia Civil”, afirmou o delegado.

Delegado Hamilton Caviolla Filho analisa laudo do IML sobre morte da bebê na creche - Foto: Patrícia Teixeira / G1
Delegado Hamilton Caviolla Filho analisa laudo do IML sobre morte da bebê na creche – Foto: Patrícia Teixeira / G1

Segundo o advogado que acompanhou os pais no depoimento, Paulo de Souza Filho, a família vai aguardar a conclusão do inquérito sobre a responsabilidade da escola para tomar outras providências judiciais.

‘Vontade de Deus’
A escola infantil Casinha do Saber afirmou, em nota divulgada na quinta-feira (10), que a morte da bebê foi “vontade de Deus”. “A primeira pergunta que se faz: por que Deus? Por que com esse anjinho? Por que com a nossa escola? Por que com nossa equipe? Certamente, pela vontade de DEUS!”, destaca nota da escola.

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