Um coordenador de um projeto social, que ensina instruções pré-militares e educação cívica para crianças e adolescentes, foi preso pela polícia suspeito de aliciar uma adolescente, de 13 anos, em Vila Rica. A prisão do suspeito, de 34 anos, foi divulgada nesta quarta-feira (16). A polícia encontrou computadores com material pornográfico no escritório dele, além de mensagens onde ele xinga a adolescentes, pede fotos nuas e oferecia sexo com elas.
Segundo o delegado Gutemberg de Lucena Almeida, as investigações contra o suspeito iniciaram após denúncias de que o coordenador do projeto social estava aliciando uma adolescente, de 13 anos. Durante apuração da informação, os policiais descobriram que o investigado trocava mensagens de conteúdo pornográfico com a adolescente, pedindo fotografias dela nua e chamando-a de ‘vadia’.
O projeto social coordenado pelo suspeito ensinava instruções de natureza pré-militar e educação cívica a crianças e adolescentes de idades diversas. O coordenador se intitulava como ‘Coronel’ e as crianças e adolescentes que participavam do projeto o conheciam como ‘Comando’ ou ‘Comandante’.
A polícia pediu mandado de busca e apreensão domiciliar contra o suspeito, que foi decretada pela Justiça. Nas buscas no escritório do investigado foram apreendidos aparelhos celulares, computador e um notebook, sendo identificados arquivos de conteúdo pornográfico, como vídeos de sexo com crianças e adolescentes, possivelmente recebidos ou baixados da internet.
No celular do suspeito foram identificadas várias mensagens de garotas inscritas no projeto, com idades entre 12 e 18 anos. Algumas conversas tinham conteúdo pornográfico, em que o coordenador sugeria sexo às adolescentes. Ainda durante as buscas no escritório, foi apreendida uma munição calibre 38.
Após o trabalho de busca e apreensão, os policiais apuraram que depois de descobrir que era investigado, o suspeito induziu adolescentes participantes do projeto, mentirem versões e até assumir a autoria do material pornográfico que foi encontrado em seu escritório, além de ter apagado várias mensagens, fotografias e vídeos de conteúdo impróprio.
De acordo com o delegado, ao suspeitar que seria denunciado, o suspeito começou a forjar provas e fez um trabalho psicológico nos alunos, demonstrando que seria vítima de uma ‘injustiça’.
O suspeito foi autuado em flagrante pela prática dos crimes de armazenar material pornográfico de criança e adolescente, previsto no Estatuto da Criança e do adolescente (ECA), fraude processual e posse ilegal de munições.
A Polícia Civil representou pela prisão temporária do coordenador para apurar possível prática de estupro de vulnerável.