O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) divulgou nesta quarta-feira (23) um vídeo no qual louvou os “irmãos” que promoveram o atentado na região espanhola da Catalunha na quinta-feira passada e mostraram, ao final da gravação, fotografias de Younes Abouyaaqoub, autor do atropelamento em Barcelona e que foi morto em uma operação polícial quatro dias depois.
Na rede de mensagem de Telegram, o EI divulgou um vídeo, cuja autenticidade não pôde ser verificada, intitulado “A conquista de Barcelona”, onde jihadistas aparecem falando espanhol e pedindo que “Alá aceite nossos irmãos que fizeram a conquista de Barcelona”.
No mesmo vídeo, a organização terrorista advertiu que, se a Espanha não se retirar da coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos e que luta contra o EI na Síria e no Iraque, continuarão cometendo ataques em território espanhol.
“Aos cristãos espanhois, não se esqueçam do sangue dos muçulmanos derramado na inquisição espanhola. Vingaremos a matança que vocês estão fazendo agora com o Estado Islâmico”, diz um dos jihadistas. “Com a permissão de Alá, a Andaluzia voltará a ser o que foi, terra do califado”.
Conquistada em 711, a Espanha foi dominada por oito séculos pelos árabes. Na revista virtual de propaganda do Estado Islâmico (EI), Dābiq, a província de Al-Andalus (o nome que os árabes deram à península ibérica) é sempre citada em matérias que incitam a reconquista islâmica.
Os ataques em Barcelona e Cambirls deixaram 15 mortos. A polícia identificou 12 membros de uma célula terrorista, que tinha um plano maior e atacar monumentos de Barcelona. Oito suspeitos foram mortos durante operações policiais e dois receberam acusações de terrorismo. A investigação busca possíveis conexões dentro e fora da Espanha.
