O déficit de quase R$ 1 milhão referente aos de quatro meses por parte do governo de Mato Grosso, a Santa Casa de Rondonópolis suspende serviços e adere paralisação por tempo indeterminado na próxima segunda-feira (7).
Quatro hospitais filantrópicos do estado de Mato Grosso, sendo eles Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá e Rondonópolis, Santa Helena e Hospital Geral Universitário vão suspender o recebimento de novos pacientes nas Unidade de Terapia Intensiva (UTI’s), bem como a programação das cirurgias eletivas e ambulatoriais.
No município, a Santa Casa é porta aberta na maternidade, com atendimentos em torno de 1.500 por mês, sendo que aproximadamente de 450 pacientes permanecem internados, o restante vai acabar indo procurar atendimento nas UPA’s (Unidade de Pronto Atendimento) e na rede básica de saúde.
“Não adianta a população vir procurar atendimento na Santa Casa, porque não serão atendidos. Só serão realizados os serviços de urgência havendo real risco de morte ao paciente e casos de gestantes em trabalho de parto.” ressaltou o vice-diretor, Kemper Carlos Pereira.
O problema, é que os hospitais filantrópicos estão enfrentando com o atual governo do estado, o déficit de R$ 5 milhões, e que, por pedido do mesmo, foi contratada no ano de 2015, uma empresa especializada em consultoria hospitalar (Planisa) com o objetivo de analisar os números detalhadamente e ratificar o real divida do estado com os cinco hospitais na época, e que foi reconhecida pelo governo.
Em negociações com os hospitais ficou acordado o pagamento de R$ 3,5 milhões e os 34% restante do déficit seriam discutidos em abril de 2016. Vale lembrar que no ano passado, a Santa Casa deste município teve três paralisações.
“Se continuarmos desta maneira, nós (hospitais filantrópicos) vamos inviabilizar totalmente os serviços a população do estado de Mato Grosso, pois, somos responsáveis por 85% dos atendimentos de alta complexidade e quase 70% da média complexidade, com custo menor de paciente por leito para o estado, do que as O.S. (organização social) e os hospitais públicos. Isso é extremamente importante o estado entender, porque ele vai acabar retirando do melhor parceiro que ele tem, os recursos para tocar a saúde, eu acho que ele tem outras formas de resgatar recursos e manter a saúde em dia, até porque, a saúde foi colocada como umas das prioridades do atual governo no estado.” explicou o Kemper.