De acordo com o levantamento feito pela Secretaria Estadual de Segurança Pública (SESP), três dos seis homicídios de travestis ocorridos este ano em Mato Grosso foram motivados por homofobia. Desses, quatro pessoas que praticaram os crimes, já foram presas pelas forças de segurança. Conforme informações da secretaria, as mortes ocorreram em Rondonópolis, Várzea Grande, Sorriso e Primavera do Leste.
Segundo o levantamento, três desses casos foram motivados por homofobia, um foi roubo seguido de morte e outro por desentendimento envolvendo dinheiro e droga.
Recentemente mais uma travesti foi morta, em Cuiabá. O caso ocorreu no bairro Altos do Parque, no dia 11 de outubro.
Em Rondonópolis, Valdinei Souza da Silva, 24 anos, foi preso dia 25 de setembro acusado de matar a travesti Tabata Brandão. O suspeito foi encontrado em um barraco de madeira no bairro Pedra 90.
Outra prisão foi a de Thiago Marques, 28 anos, no dia 3 de outubro, no bairro Osmar Cabral, periferia de Cuiabá. Ele é suspeito de matar atropelada a travesti Natália Pimentel, de 22 anos. Natália foi morta dia 25 de julho de 2017, em um ponto de prostituição, conhecido como Zero Quilômetro, localizado em Várzea Grande. O crime ocorreu após a vítima se negar a fazer programa sexual por R$ 17.
Ainda em Sorriso, a travesti conhecida como Baiana foi morta no dia 06 de setembro. Ela foi encontrada na quitinete onde morava com uma faca cravada no rosto. Um adolescente de 15 anos foi apreendido como suspeito do crime. O assassinato teria ocorrido após uma discussão por conta de dinheiro e droga.
Tentativa de homicídio
Uma travesti foi baleada por um cliente após um programa no dia 10 de outubro, no Bairro Jardim Potiguar, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá. Segundo a Polícia Militar, a vítima, Eliandro Brasilino de Morais, de 31 anos, foi atingida na boca e no braço. O cliente fugiu e não foi encontrado. A travesti já havia sido presa na semana anterior ao crime.