Bom dia, boa tarde, boa noite, boa madrugada para vocês nossos leitores, muito obrigado por voltarem sempre aqui, sem vocês nada disso faria sentido.
Essa coluna tem o objetivo de falar de direito de uma forma simples, sem palavras difíceis, de um jeito que vocês entendam e se sintam confiantes para cobrar o seus direitos.
Bem não é segredo para ninguém que temos um dos piores trânsitos do Brasil, a nossa falta de educação colabora muito para isso, por algum motivo que ainda não entendo, não reservamos o corredor para as motos, dirigimos lentamente na mão direita, e mal usamos a seta.
Na época das chuvas os acidentes aumentam e muito, vindo para o centro outro dia pela avenida Júlio Campos, chovendo já sabia o que eu ia encontrar, e não deu outra, pouco mais de 2.000 (dois mil) metros, dois carros parados e duas pessoas debaixo de chuva ofendendo um ao outro.
Isso já aconteceu comigo, dirigindo a poderosa e quase indestrutível Parati 86 da minha mamãe, um senhor em um belíssimo Ford Fusion foi sair sem seta enquanto eu entrava para estacionar, claro que com a Parati aconteceu pouca coisa, mas o carro dele acabou a lateral. Mostro para vocês agora o que eu fiz para sair do local com um cheque de R$ 1.500, e convencer o outro motorista de que ele estava fazendo um excelente negócio ( e estava mesmo).
Para o nosso leitor não entrar em desespero caso isso aconteça contigo vamos fazer aqui uma lista de atitudes para se tomar desde o momento do acidente até o recebimento do prejuízo.
- Ao ver que foi abalroado, não desça do carro antes de verificar se há segurança (se você não vai ser atropelado).
- Já desça do carro tirando fotos e/ou fazendo vídeo do acidente.
- Não precisa ficar filmando ostensivamente a pessoa que causou o acidente, o juiz só tem que saber que ela estava lá.
- Se afaste do local e tire fotos ou filme de um ângulo que facilite para o juiz ou o policial verificar quem não respeitou a sinalização, etc.
Depois que você fez provas do ocorrido, se você não ficou esfregando o celular na face do outro motorista, nem ficou discutindo, ele está pronto para negociar, porque ele sabe que na presença de um juiz ele vai perder e vai sair mais caro.
Se ao começar a filmagem a pessoa lhe perguntar o porque disso, diga com cortesia que é:
“Para que o juiz possa decidir quem está certo com facilidade” ou
“para que o delegado entenda quem tem que reparar os prejuízos”
Essas frases, se ditas sem arrogância levarão o condutor a entender que fazer um negócio na hora é melhor.
Busque negociar ali mesmo no local, após ter colhido as suas provas, pode-se tirar o carro do local do acidente, se não há nenhuma vítima não tem o porque chamar a Polícia.
Como quase ninguém esta preparado pra esse tipo de despesa, diga ao outro condutor quais são as condições de pagamento dele, se forem suficientes para vocês troquem telefones (confira o número – que ele -, o outro condutor lhe deu na hora, ligando para ele ali mesmo).
Caso ele não consiga honrar o compromisso, você pode procurar a 5ª vara civil de Rondonópolis, e se a despesa for menor que 20 salários mínimos, você não precisará de um advogado, apesar que eu recomendo que sempre se contrate um, pois esse por ter mais experiência e conhecimento da lei, vai fazer a petição melhor do que você faria.