O pai do menino Vitor Gabriel Leite Matheus, de três anos, baleado na cabeça em casa, no bairro São Matheus, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense, se emocionou ao falar sobre o estado de saúde do filho, que está internado em estado gravíssimo no Hospital da Posse, em Nova Iguaçu.
“É uma coisa que a gente vê na televisão acontecendo e a gente pensa que nunca pode acontecer conosco. Mas acontece, é coisa da vida. E agora eu estou lá, quase perdendo o meu filho, que não sei se volta ou não volta”, refletiu Anderson de Oliveira, pai de Vitor Gabriel.
A criança foi baleada na noite de segunda-feira (30) e estava pronto para ir para uma festa. Vitor Gabriel Leite Matheus estava na sala brincando com os irmãos, esperando o pai levá-lo para um churrasco que celebrava o aniversário da madrasta.
O pai da criança contou que ouviu um estrondo e pensou que o filho tivesse caído do sofá. Ele encontrou Vitor caído com a cabeça sangrando.
“Só escutei um barulho, tipo uma bola estourando, barulho tipo uma bola de festa. Daqui a pouco eu olho e estava caído no sofá. Eu pensei que ele tinha caído do sofá e batido a cabeça”, contou Anderson de Oliveira, pai do Vitor Gabriel.
O menino foi levado para o Hospital da Posse, em Nova Iguaçu, e lá ele foi diagnosticado como tendo uma bala alojada na cabeça.
“Quando ele chegou aqui rapidamente o levaram para uma tomografia e foi quando descobriram que era uma bala de revólver”, explicou Anderson.
A Polícia Militar afirmou que, no momento que a criança foi atingida, nenhuma operação acontecia na região. Depois que a criança deu entrada na unidade de saúde que a corporação foi informada de que o menino tinha sido atingido.
Quando voltou para casa, Anderson de Oliveira viu que a bala que atingiu o filho entrou pelo telhado.
“O último exame neurológico mostrou muita gravidade. Os neurocirurgiões e pediatras estão muito reservados em relação ao prognóstico”, destacou Lino Ciro Neto, diretor do Hospital da Posse.
Vitor passou por uma pequena cirurgia para conter o sangramento e os médicos aguardam as próximas horas para saber se o menino terá algum tipo de sequela neurológica e para fazer uma cirurgia mais completa. O estado de saúde dele é gravíssimo.
“A localização do projétil é de difícil acesso, uma localização que necessitaria de muita manipulação. Por isso, os neurocirurgiões optaram por não mexer e lavar, limpar e tirar o sangue, tirar toda a parte do edema. Mas a bala propriamente dita se manteve”, contou o médico