O ex-deputado estadual coronel aposentado da Polícia Militar Pery Taborelli (PV) teve um mandado de prisão aberto em seu desfavor no dia 31 de outubro, expedido pelo juiz Geraldo Fidelis, da Vara de Execução Penal de Cuiabá (a 215 km de Rondonópolis), após não comparecer à uma audiência. De acordo com o processo, o militar não foi encontrado pelo oficial de Justiça para ser intimado no endereço fornecido ao juiz.
“Tendo em vista que o recuperando não foi encontrado em seu endereço para comparecer à audiência, suspendo cautelarmente a presente execução, bem como, determino a expedição de mandado de prisão em seu desfavor. Aguarde-se o seu cumprimento no arquivo provisório”, diz a decisão.
No último dia 10 de novembro, Fidelis estendeu o mandado ao Serviço de Polícia Interestadual (Polinter) informando que depois de efetuada a prisão, o magistrado deve ser imediatamente comunicado.
“Obrigação da autoridade que lhe der cumprimento aos finais de semana, feriados, recesso forense ou dia que não houver expediente forense em apresentar a pessoa presa, no prazo de 24h, ao Juiz Plantonista do Núcleo de Audiências de Custódia da Capital (art. 9º, parágrafo único, do Provimento n.º 01/2017-CM)”, diz trecho do documento.
Não é possível saber o teor do processo, porém uma das possibilidades é referente a uma acusação de abuso de autoridade em uma apreensão ilegal de menores. Inclusive, o coronel já foi condenado no processo a 4 anos e 2 meses prisão, no entanto, recorreu da sentença que foi reformada para 2 anos e quatro meses e multa de R$ 30 mil.
O caso
De acordo com a acusação, enquanto coronel da reserva da PM, o ex-deputado prendeu três menores de forma truculenta, durante a festa em comemoração aos 150 anos do município de Rosário Oeste (a 318 km de Rondonópolis), ocorrida no mês de junho de 2011. Populares teriam reclamado que adolescentes estavam consumindo bebida alcoólica no local. Taborelli então abordou um grupo e teria conduzido um dos jovens à delegacia, no porta-malas de uma viatura e não no camburão.
A defesa alegou que Taborelli apenas cumpriu seu dever legal. Porém, o Ministério Público argumenta que não houve qualquer registro de situação de risco a menores. O desembargador rejeitou parte dos argumentos apresentados pelos advogados de defesa, mas entendeu que a pena merecia sofrer redução.
Taborelli também disputou a Prefeitura de Várzea Grande em 2016 contra Lucimar Campos, mas perdeu pois recebeu apenas 20.662 votos, o que corresponde a 16,46% dos votos válidos.
Em Rondonópolis
Pery Taborelli da Silva Filho, conhecido como Coronel Taborelli, 53 anos trabalhou no ano de 2010 no 5º BPM de Rondonópolis onde ficou por um ano e dois meses.