Preso após confessar que estuprou e espancou até a morte o enteado Bruno Diogo Ferreira Dias Ferreira, de 2 anos e 8 meses, o desempregado Gedeon Alves dos Santos, de 24, foi agredido por colegas de cela na tarde desta segunda-feira (20), em Goiânia. Ele foi detido junto com a mulher, Bruna Lucinda Batista Ferreira, 28, mãe da vítima que, segundo a polícia, foi conivente porque sabia do crime, mas não fez nada para contê-lo.
Após ser apresentado à imprensa, Gedeon foi levado para uma cela da Delegacia Estadual de Investigação de Homicídios (DIH). No entanto, ficou no local cerca de 2 minutos.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado para atender o preso do lado de fora da delegacia. Segundo a TV Anhanguera, os socorristas disseram que ele teve algumas costelas quebradas, além de fraturas nos braços e pernas.
Ele foi encaminhado para o Hospital de Urgências de Goiânia (Hugo). Na unidade, uma funcionária informou ao G1, por volta de 20h30, que ele está sendo socorrido na emergência e ainda não há informações sobre seu estado de saúde.
Também à TV Anhanguera, a Polícia Civil informou que apartou a briga assim que percebeu a confusão e disse que vai instaurar um procedimento para apurar as responsabilidades.
Crime
Bruno morreu no último dia 3 na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Jardim Itaipu, na capital. Na ocasião, o casal pedindo socorro dizendo que o menino se recuperava de uma cirurgia após sofrer um acidente de moto com uma tia.
Na época, o Conselho Tutelar foi acionado e recebeu denúncias de que o menino era vítima de maus-tratos e constantemente agredido. Assim, o órgão procurou a Polícia Civil e o caso passou a ser apurado pela Delegacia Estadual de Investigações de Homicídios (DIH), que solicitou laudos sobre a morte de Bruno e descobriu os abusos.
“Diante dessas suspeitas, instauramos a investigação. Laudos mostraram que ele tinha lesões em todos os lugares. O fígado foi dilacerado, o pâncreas partido ao meio e tinham várias lesões na cabeça”, disse o delegado Danillo Proto, responsável pelo caso.
Confissão
A mãe e o padrasto foram presos na última terça-feira (14) depois de fugir de casa. Antes, segundo a polícia, eles incendiaram o imóvel em que moravam na tentativa de esconder provas do crime e falar que o fogo foi colocado por vizinhos.
O delegado diz que, ao ser questionado sobre a morte de Bruno, Gedeon confessou o crime com frieza, inclusive confessando que usou um amassador de legumes para estuprar a vítima. Proto afirmou que, apesar da mãe negar, ela sabia das agressões e foi conivente com o assassinato do filho.