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Ex-governador Sérgio Cabral é condenado a mais 15 anos de prisão

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O ex governador Sérgio Cabral deixa o Tribunal de Justiça Federal do Rio de Janeiro - Foto: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo
O ex governador Sérgio Cabral deixa o Tribunal de Justiça Federal do Rio de Janeiro – Foto: José Lucena/Futura Press/Estadão Conteúdo

O ex-governador Sérgio Cabral foi condenado nesta terça-feira (19) pela quarta vez na Operação Lava Jato. No âmbito da operação Eficiência 2, o juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal, o sentenciou a mais 15 anos de prisão.

Cabral havia sido condenado a 72 anos em outros três processos. As penas agora chegam a 87 anos, em quatro ações: três com Bretas, no Rio, e uma com o juiz Sérgio Moro, no Paraná (entenda todos os 17 processos contra Cabral).

Além de Cabral, foram condenados nesta terça mais 10 réus, incluindo a mulher dele, Adriana Ancelmo. A condenação ocorre no mesmo dia em que ela deixou a prisão em Benfica, após o ministro Gilmar Mendes, do Superior Tribunal Federal (STF), decidir na segunda-feira pelo retorno da ex-primeira dama do estado à prisão domiciliar.

VEJA A ÍNTEGRA DA DECISÃO

Foram condenados:

  • Sérgio Cabral: 15 anos de reclusão, por lavagem de dinheiro
  • Adriana Ancelmo: 9 anos de reclusão, por lavagem de dinheiro
  • Carlos Miranda: 12 anos, por lavagem de dinheiro
  • Luiz Carlos Bezerra: 4 anos, por lavagem de dinheiro
  • Sérgio de Castro Oliveira: 8 anos e 8 meses, por lavagem e associação criminosa
  • Ary da Costa Filho: 6 anos, por lavagem de dinheiro
  • Thiago Aragão: 7 anos, por lavagem e associação criminosa
  • Álvaro Novis: 13 anos e 3 meses, por lavagem e associação criminosa
  • Renato Chebar, 17 anos e três meses, por lavagem e associação criminosa
  • Marcelo Chebar, 17 anos e três meses, por lavagem e associação criminosa
  • O réu Francisco de Assis Neto, que respondia a lavagem de dinheiro e associação criminosa, foi absolvido de ambas as imputações.

Réu pela 17ª vez
Um dia antes da condenação, o juiz Marcelo Bretas aceitou nova denúncia contra Cabral, que passa a ser réu em 17 processos (veja os outros 16). Desta vez, a denúncia envolve o pagamento de R$ 18.117.824,36 em propinas em contratos com a Fundação Departamento de Estradas e Rodagem do Rio (Funderj). Os repasses teriam sido feitos entre janeiro de 2007 e setembro de 2014.

Foram denunciados:

Sérgio Cabral: corrupção passiva
Wilson Carlos: corrupção passiva
Henrique Alberto Santos Ribeiro: corrupção passiva, quadrilha e pertinência a organização criminosa
Lineu Castilho Martins: corrupção passiva, quadrilha e pertinência a organização criminosa
Luiz Carlos Bezerra: corrupção passiva
De acordo com o MPF, Henrique, presidente da Funderj à época, utilizava-se do cargo para gerenciar as propinas pagas pelas empresas contratadas. Dessa forma, segundo a denúncia, Lineu, assessor e pessoa de confiança de Henrique, recolhia o dinheiro, retirava um percentual para ambos, e repassava para os operadores financeiros Carlos Miranda e Luiz Carlos Bezerra que, por sua vez, repassavam o montante a Cabral.

O MPF apontou, ainda que Henrique negociava com as empresas, apresentando-se como pessoa de confiança de Wilson Carlos, integrante da organização criminosa e diretamente ligado ao ao então governador.

O que dizem os citados?

Segundo a defesa de Cabral, a condenação do ex-governador pela 7ª Vara Federal em mais um processo, “segue a linha das sentenças anteriores do mesmo Juízo, ao considerar delação premiada prova segura e capaz para uma sentença condenatória”. “Chama a atenção por ser a primeira vez em que o julgador admite expressamente que vai condená-lo em todos os outros processos quando afirma que ”Sérgio Cabral é o principal idealizador do audaz esquema de lavagem de dinheiro revelado nos presentes autos e nas demais ações penais em curso neste Juízo”, diz o texto.

As defesas de Adriana Ancelmo e Sérgio de Castro Oliveira informaram que vão recorrer.

Veja a nota da defesa de Ary Filho: “Recorreremos porque entendemos que a condenação é equivocada, uma vez que não há prova do cometimento de crimes”.

Antonio Augusto Figueiredo Bastos e os irmãos Chebar disseram que não vão comentar.

O G1 ainda tenta contato com a defesa de Thiago Aragão, Henrique Ribeiro e Lineu Martins.

Carlos Miranda, Luiz Carlos Bezarra, Álvaro Novis e Wilson Carlos ainda não se posicionaram.

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