O vereador e presidente da Câmara de Rondonópolis, Rodrigo da Zaeli (PSDB), cobrou, durante sessão ordinária realizada na quinta-feira (15), soluções, por parte da administração municipal, para o atraso do ano letivo da rede pública de ensino. Nas unidades, a conversa é que não tempo hábil para o término das obras de reforma em algumas unidades, bem como de alocar professores para as Umei’s e Emei’s.
Na sexta-feira (16), o legislador esteve em duas unidades de educação infantil, a escola 1º de Maio e a Umei Professor Ivan Santos Arruda, ambas no bairro Parque Universitário. A primeira está passando por uma reforma completa, obra aguardada pela comunidade. “O problema é que houve atraso no início e, consequentemente, não conseguiram entregar antes do início das aulas. São mais de 430 alunos sem irem à escola e se for seguir o cronograma de obra descrito na placa, o início, remarcado para o dia 26 de fevereiro, não deve acontecer”, explicou Zaeli.
Durante a visita, os professores pagos para lecionar estavam fazendo faxina e, assim, contribuindo para a organização da escola. Tudo, em busca de antecipar a chegada dos alunos às salas de aula. “Estamos desesperados com esta demora e, por este motivo, procuramos ajuda das autoridades, porque quem está pagando por esta falta de organização da Secretaria Municipal de Educação é a população. A reforma é excelente, mas o atraso prejudica os alunos”, reclamou Jean Carlos, presidente do bairro Parque Universitário.
Na Umei Professor Ivan Santos Arruda o atraso no início das aulas foi provocado pela falta de professores e também da manutenção do local. “Chegamos na unidade e a limpeza acabara de ser feita. Também falta professor para atender as crianças lotadas na escola. Esse problema não é isolado, quase todas as unidades estão passando pela mesma situação. A secretaria não fez a lotação dos professores a tempo, mostrando falta de planejamento e organização da gestora da pasta”, disse o vereador.
Rodrigo da Zaeli procurou a secretária municipal de Educação, Carmem Monteiro Garcia, mas a mesma não pode atendê-lo por estar em reuniões durante toda a sexta-feira. O legislador disse que vai buscar, mais uma vez, respostas com a gestora e espera que a situação esteja resolvida ainda nesta segunda-feira (19).
TRANSPORTE ESCOLAR
O legislador também iria cobrar da secretária municipal de Educação, Carmem Monteiro Garcia, a retomada dos serviços de transporte escolar. Hoje o município conta com 34 veículos para atender 25 linhas distribuídas entre a zona rural e urbana. O contrato, de R$ 235 mil reais/mês, foi firmado entre o município e a Cooperativa de Transportes de Mato Grosso (Cootermat), e segundo informações repassadas pela empresa, não é pago desde novembro de 2017. Sem dinheiro para abastecer, os veículos ficaram parados no pátio da Secretaria Municipal de Educação, prejudicando milhares de alunos, principalmente da zona rural do município.
“Há coisas que são aceitáveis e até dá para esperar, mas deixar as crianças sem aula é um absurdo. É um problema que se repete e está demorando para ser solucionado. Quem paga o preço são as crianças, que perde o dia de aula. A pergunta é: quem vai reaver este dia, porque os professores estão nas unidades para lecionarem para os que conseguiram chegar à escola, ou seja, terão o dia pago. Se for repor, o município terá que pagar duas vezes pelo serviço? O prefeito tem que pagar a Cooperativa em dia e, se está descontente com o contrato, como ele mesmo diz, que reveja e contrate uma outra empresa. O que não pode é permitir que as crianças percam aula”, concluiu.