O senador e pré-candidato a governador do Estado de Mato Grosso Wellington Fagundes (PR-MT), se tornou réu na investigação do Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso conhecido como Operação Sanguessuga.
As investigações da Operação se arrastam há 12 anos e conforme a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), Wellington participou do esquema de desvio de recursos da área de saúde entre os anos de 2001 e 2006, quando era Deputado Federal e destinou emendas parlamentares para a compra de ambulâncias superfaturadas da empresa Planam por municípios mato-grossenses.
A ministra Rosa Weber, relata que a denúncia apresentada pelo MPF foi bem-sucedida em estabelecer a “relação causal” entre o cargo ocupado por Fagundes e as vantagens indevidas que teria recebido. Ela foi seguida pelos ministros Luís Roberto Barroso, Luiz Fux, Alexandre de Moraes e Marco Aurélio Mello.
Já a defesa de Fagundes classificou a denúncia como ‘vaga’. Para o advogado Marcelo Bessa, o MPF não conseguiu fazer a ligação entre os recursos supostamente ilegais movimentados pelo parlamentar e o caso de corrupção.
O esquema de fraudes a licitações de compra de ambulâncias foi revelado pela Polícia Federal em maio de 2006 com a deflagração da Operação Sanguessuga.
As transações ilegais seriam lideradas pelos sócios da empresa Planam, com a suspeita de envolvimento de mais de 80 parlamentares.
Por meio de nota, a assessoria do Senador disse que há 11 anos, por esse mesmo fato, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região rejeitou integralmente a denúncia de improbidade, considerando não existir relação entre os fatos e a atuação do parlamentar. O senador Wellington Fagundes ressalta que o assunto será submetido ao exame do Poder Judiciário e reitera que defende sempre a mais ampla apuração.