Rondonópolis teve quatro feminicídios registrados em 2018. O estado de Mato Grosso é a unidade da federação brasileira com a maior taxa de feminicídio do país em 2017. A taxa de mortes em razões da condição do sexo feminino é de 4,6 casos a cada 100 mil mulheres. Só em 2017, foram contabilizadas 76 mortes.
Em Cuiabá e Várzea Grande (a aproximadamente 220 km de Rondonópolis), ocorreram seis feminicídios, conforme dados da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
Em 2018 foram contabilizados um total de 18 homicídios dolosos, no Estado. Dessas, 15 são crimes cometidos por maridos ou ex-companheiros das vítimas. No país, foram 4.473 homicídios dolosos de mulheres, em 2017 – um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior.
Do total, 946 são feminicídios. Neste caso, a taxa nacional é de 0,9 a cada 100 mil, a mesma registrada pelo vizinho estado de Goiás, que no ano passado contabilizou 31 feminicídios.
“No período de janeiro a março registramos: 61 atendimentos in loco, 12 atendimentos fora do CMDM, cinco palestras, 15 encaminhamentos, 12 abrigamentos em residências solidárias, estamos buscamos mudar essa realidade em Rondonópolis e durante o mês de março teremos programação quase todos os dias, para a conscientização de mulheres que sofrem de alguma maneira”, aponta a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Rondonópolis, Mara de Oliveira.
Já em 2017, foram 15 homicídios de mulheres, sendo sete vítimas em decorrência da condição do sexo no Estado. Já neste ano, são seis casos considerados feminicídio, nas duas maiores cidades do Estado Cuiabá e Várzea Grande. Por meio das investigações da DHPP, foram identificados todos os autores dos crimes desde o advento da Lei 13.104/2015. Os casos recentes estão caminhando para a responsabilização dos autores.
Mato Grosso: a Ouvidoria do estado afirmou que não tem dados de feminicídio para nenhum ano porque a fonte de análise são os boletins de ocorrência, e o feminicídio é apurado apenas durante a investigação ou na fase processual. Os números de feminicídio foram obtidos com a Corregedoria do estado e também com a presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Mulher de Rondonópolis.